Cura: o festival que pintou prédios de BH chega à Lagoinha em setembro

Da Redação
24/08/2019 às 21:38.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:09
 (CURA / Divulgação)

(CURA / Divulgação)

O Circuito Urbano de Arte (Cura) fará uma edição extraordinária entre os dias 5 e 15 de setembro em Belo Horizonte. Dessa vez, o coletivo quer fazer um resgate do passado da Lagoinha, bairro boêmio da capital. No ano passado, o  festival de pintura de prédios cobriu com murais e grafites empenas que são vistas, dentre outros locais, da rua Sapucaí, na Floresta.

“A região foi formada por diversos bairros e comunidades. Hoje resgata sua raiz cultural  para criar novas conexões e construir novas oportunidades. E a força da sua cultura  é o que nos traz aqui”, define  Juliana Flores idealizadora e curadora do festival ao lado de Priscila Amoni e Juliana Macruz. A chegada no bairro da Lagoinha veio a convite de dois moradores: Felipe Thales e Daniel Queiroga.

Confira os artistas convidados e os locais dos novos painéis:

- Elian Chali (Córdoba, Argentina) - SENAI Lagoinha (03 a 12/09) - Av. Pres. Antônio Carlos no 561
- Bolinho (Floresta/BH/MG) - Ed. Novo Rio (05 a 15/09) - Rua Diamantina no 645
- Zé d Nilson (Lagoinha/BH/MG) - Ed. Novo Rio (05 a 15/09) - Rua Diamantina no 645 Luna Bastos (Teresina/PI) – Órbi Conecta ( 09 a 14/09) - Av. Pres. Antônio Carlos, no 681
- Wanatta (Alto Vera Cruz/BH/MG) - Mirante Lagoinha (05 a 08/09) - Rua Diamantina s/n (próximo ao no 720)
- Rupestre Crew (Lagoinha/BH/MG) - Mirante Lagoinha (05 a 08/09) - Rua Diamantina s/n (próximo ao no 720)
- Saulo Pico (Lagoinha/BH/MG) - Mirante Lagoinha (05 a 08/09) - Rua Diamantina s/n (próximo ao no 720)
- Nila Kaiowá (Mateus Leme/MG) - Armazém 08 (09 a 13/09) - Rua Francisco Soucasseaux no 08
- Gabriel Dias (Tupi/BH/MG) – Restaurante do Luiz Atleticano (09 a 13/09) - Rua Itapecerica no 904
- Fênix (Contagem/MG) - Muro ed. Novo Rio (07 e 08/09) - Rua Diamantina no 645 /Parceria Museu de Rua
- Priscila Amoni (Colégio Batista/BH/MG) - Casa Manuel Felipe (09 a 13/09) - Rua do Serro na 190

Conheça um pouco da história da Lagoinha

No dia 17 de outubro de 1981 centenas de pessoas assistiam da Rodoviária de BH a implosão da Praça Vaz de Mello para dar lugar ao Complexo da Lagoinha. A nuvem de poeira da demolição gerou pânico nas pessoas que presenciavam o acontecimento. Famílias inteiras haviam aparecido pra assistir, assim como jornais e emissoras de televisão, e enquanto a praça sumia sob a poeira, Gervásio e Milton Horta (o Mestre Lagoinha) cantavam para o público as frases que se tornaram emblemáticas da fragmentação da Lagoinha.

A Praça Vaz de Mello, nos seus tempos áureos, foi o coração da Lagoinha. Repleta de comércios, hotéis, bares e restaurantes, a praça era uma extensão viva e alegre do baixo centro de BH e abrigou o primeiro mercado da cidade, a Feira Permanente de Amostras e a Feira dos Produtores, além de dezenas de comércios tocados por pessoas das mais diferentes origens. Mas a partir da década de 60 se inicia o processo de rompimento do eixo bairro-centro e a criação de novas fronteiras na Lagoinha. É construída a Rodoviária, os viadutos e todo o complexo viário.

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