'Ira!' faz show voz e violão nesta sexta, no Palácio das Artes

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
26/11/2021 às 12:22.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:20
 (carina zaratin/divulgação)

(carina zaratin/divulgação)

É para cantar junto. A frase é um clichê do setor musical, mas no caso do show “Ira! Folk” não se trata de um simples afago no público, que é participante ativo em uma apresentação que só tem dois músicos acompanhados por um violão diante de um repertório emblemático, um dos mais imponentes do rock nacional.

Nasi (voz) e Edgard Scandurra (violão) darão temperos acústicos a grandes hinos da juventude dos anos 80. “A ideia desse show é cantar boa parte das músicas com a plateia. É uma celebração, um encontro. Escolhemos músicas que gostamos de tocar, principalmente no violão, dando espaço para segundas vozes”, registra Scandurra.

O show está na estrada desde 2016 e já rendeu um CD e um DVD. Em Belo Horizonte, a dupla se apresentou no agora fechado Chevrolet Hall. Hoje, o palco será o Grande Teatro do Palácio das Artes, às 21h. É a quinta apresentação após a liberação de eventos culturais no país, paralisados por quase um ano e meio devido à pandemia.

“Cada show que estamos fazendo dá um prazer muito grande, ao voltar ao lugar que a gente está habituado a frequentar há mais de 40 anos. Teve essa parada brusca e foi realmente muito difícil, mas devagar e com cuidado a gente vai voltando”, destaca o músico, integrante original da banda, ao lado de Nasi.

O grupo paulistano, que chegou a se separar em 2007, também está ativo, com uma outra formação. No sábado, tocará em São Paulo, provocando uma situação divertida para Scandurra, que irá de uma versão mais suave para o ritmo “pauleira” de canções como “Dias de Luta”, “Flores em Você” e “Tolices”.

O ano marcou as quatro décadas de fundação do Ira! (o ponto de exclamação é para não ser confundido com a sigla do Exército Revolucionário da Irlanda). A comemoração, no entanto, foi bem tímida. “De forma metafórica, nos encontramos, assopramos as velinhas e cada um comeu a sua fatia e foi para casa”, lamenta.

O guitarrista enxerga muitas razões para celebrar, especialmente pela atualidade da música do grupo, que vem atraindo um público jovem. “A sonoridade dos nossos discos soa muito bem. Ela é atemporal”, assinala Scandurra. O lado acústico, por sinal, não é uma novidade, experimentada em 2004, dentro do projeto da MTV.

“Aquele teve uma preparação especial e nos apresentávamos com uma banda grande, com percussão, violoncelo e backing vocals. Viajavam mais de 20 pessoas. Agora, são apenas eu e o Nasi, uma coisa que vai mais na essência, com voz e violão, como muitas de nossas músicas foram compostas”, salienta.

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