Com licença suspensa, mineradora Anglo dá férias coletivas a quase 800 funcionários

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
16/04/2018 às 18:42.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:22
 (Defesa Civil/Santo Antônio do Grama)

(Defesa Civil/Santo Antônio do Grama)

A mineradora Anglo American confirmou que 766 empregados vão entrar em férias coletivas a partir desta terça-feira (17). A empresa teve a licença ambiental suspensa pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após dois vazamentos de minério em menos de 20 dias. Os acidentes ocorreram em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata.

Conforme a Anglo, serão afetados os funcionários das áreas operacionais, como mina, beneficiamento e filtragem, que atuam em Minas e no Rio de Janeiro. O número representa cerca de 20% do efetivo da companhia no Brasil e 36% especificamente do Minas-Rio. "As atividades essenciais à segurança e à integridade das pessoas e das estruturas serão mantidas", garantiu a mineradora.

Em nota encaminhada a imprensa, Anglo informou que também transferiu, provisoriamente, 98 profissionais do Minas-Rio para as operações de níquel em Goiás, que seguem normalmente. "As alternativas contratuais com trabalhadores após o período de férias coletivas serão discutidas com o sindicato nesta terça".

A empresa declarou que, mesmo estando com as atividades suspensas desde 29 de março, "não está poupando esforços para a preservação dos vínculos de trabalho com seus empregados, haja vista a perspectiva de retomada das operações, quando concluídas a investigação das causas dos incidentes, as providências para zelar pela segurança do mineroduto e o trabalho de recuperação ambiental".

Acidentes

Os acidentes ocorreram em 12 e 29 de março. Ao todo, foram lançadas 947 toneladas de minério de ferro na região de Santo Antônio do Grama. Após os acidentes, a diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou a imediata interrupção da operação do mineroduto.

Por causa dos acidentes, a empresa foi multada em R$ 145,2 milhões pelo Ibama e R$ 125 milhões pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

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