Defesa de esfaqueador de Bolsonaro entrega laudo psiquiátrico e pede tratamento

Renata Evangelista*
12/03/2019 às 10:54.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:45
A DPU informa ainda que presta assistência jurídica ao Adélio desde 11 de junho de 2019 (Divulgação/Assessoria de Comunicação do 2° BPM)

A DPU informa ainda que presta assistência jurídica ao Adélio desde 11 de junho de 2019 (Divulgação/Assessoria de Comunicação do 2° BPM)

A defesa de Adélio Bispo, que em setembro de 2018 esfaqueou o então presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), irá entregar para a Justiça Federal o laudo que comprova que o agressor tem problemas mentais. Conforme o advogado Zanone Manoel de Oliveira, o documento será protocolado por volta das 12h30, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.

Com o laudo, uma das estratégias do defensor de Adélio é que a Justiça determine o tratamento do suspeito que atacou Bolsonaro. Atualmente, o homem que desferiu a facada em Bolsonaro está recluso em um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

"Queremos que o juiz analise os documentos, marque uma nova audiência e encerre essa fase processual. Ou que ele determine o tratamento do Adélio Bispo", explicou Zanone. Esse é o terceiro exame que analisou a sanidade do agressor do presidente e o documento foi entregue ao Ministério Público (MPF) no mês passado.

Na ocasião, o procurador da República Marcelo Medina explicou as punições aplicáveis em cada possibilidade. Se considerado responsável pelo ato criminoso, Bispo estaria sujeito a pena de reclusão comum. Se o resultado apontar insanidade e falta de capacidade de entendimento e autodeterminação, ele seria internado em uma instituição psiquiátrica por um prazo mínimo de 1 a 3 anos, sendo submetido a reavaliações periódicas. 

"Ele poderia cumprir tanto o prazo mínimo, se constatada a cura da doença, quanto ficar em tratamento pelo resto da vida, visto que ele já está na faixa dos 40 anos", detalhou Medina. Se os laudos encaixarem o acusado na possibilidade intermediária, ou seja, confirmarem a presença de uma doença mental, mas que não afeta a capacidade de entendimento, o réu fica sujeito à interpretação do juiz, que pode tanto determinar a prisão quanto a internação compulsória em uma instituição psiquiátrica, segundo explicou Medina.

O procurador não detalhou o resultado do laudo alegando que o processo corre em segredo de Justiça.

*Colaborou Daniele Franco

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