
Apesar do recuo recente da inflação, o Banco Central justificou a nova alta na taxa básica de juros do país com as incertezas em relação à economia. A Selic foi a 15% ao ano, uma alta de 0,25 ponto percentual. Para a indústria mineira, a medida acende um sinal de alerta no setor produtivo.
A Fiemg, Federação das Indústrias de Minas, avaliou que o aumento é resultado da "condução severamente contracionista da política monetária, mesmo diante de sinais de desaceleração da atividade econômica e da recente melhora nas expectativas inflacionárias".
Embora reconheça a importância do controle da inflação para a estabilidade econômica, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, alerta que a medida pode restringir ainda mais os investimentos produtivos, ampliar os custos de produção, reduzir a competitividade da indústria brasileira, e levar a impactos negativos sobre a geração de empregos e a renda das famílias.
Para a CNI, a Confederação Nacional da Indústria, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é "injustificada" e vai agravar as condições de competitividade do setor produtivo.
"Não lidávamos com um patamar tão alto desde 2006. A irracionalidade dos juros e da carga tributária já está sufocando a capacidade dos setores produtivos, que já lidam com um cenário conturbado e possibilidade de aumento de juros e custo de captação de crédito. É um contrassenso o Banco Central se manifestar contra o aumento do IOF enquanto decide aumentar a taxa de juros. Aonde se quer chegar?”, questiona Ricardo Alban, presidente da CNI.
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