Escassez hídrica

Aneel reajusta bandeiras tarifárias da conta de luz e a 'vermelha de patamar 1' vai subir quase 64%

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
21/06/2022 às 19:13.
Atualizado em 21/06/2022 às 19:21

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta terça-feira (21) os novos valores para as "bandeiras tarifárias", nome dado pelo governo à cobrança extra na conta de luz pela redução da quantidade de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Os maiores aumentos foram aprovados para as bandeiras utilizadas quando a situação é considerada "intermediária". As mudanças passam a valer em 1º de julho e duram até meados de 2023.

A bandeira vermelha nível 1, aplicada quando a "situação é desfavorável", teve um reajuste de 63,7% e passará a cobrar um valor extra de R$ 6,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira amarela, que indica que a "situação não é favorável", terá reajuste de 59,5% e trará uma cobrança extra de R$ 2,989 a cada 110 kWh.

A bandeira verde, aplicada quando a situação é "considerada favorável", continua como antes e não gera cobrança extra. Já a bandeira vermelha nível 2, que surge quando a situação é considerada "muito desfavorável", sofreu um reajuste de 3,2% e passará a cobrar R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos.

"O acréscimo verificado nos valores se deve, entre outros, aos dados do mercado de compra de energia durante o período de escassez hídrica em 2021; o custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis; e a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2021 com aumento de 10,06%", informou a Aneel.

Os novos valores são válidos para o período 2022–2023. A bandeira a ser aplicada é definida mensalmente pela Aneel, de acordo com as condições do sistema naquele mês.

O que são as bandeiras tarifárias?
Criado pela Aneel em 2016, o sistema de bandeiras tarifárias busca compensar eventuais diferenças entre o valor da energia pago pelo consumidor e o custo de produção. De acordo com a Agência, as bandeiras incentivam a redução de consumo nos períodos de maior escassez hídrica e diminui custos ao consumidor.

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