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Produção ampliada

Cultivo de frutas vermelhas cresce 30% e impulsiona renda de produtores

Produção impulsionada por pesquisas salta para 187 mil toneladas, com 99% da colheita atribuída ao morango

Dione Alves
Especial para o Hoje em Dia
Publicado em 20/10/2025 às 07:00.Atualizado em 20/10/2025 às 07:44.

Largamente consumidas e apreciadas mundo afora, as frutas vermelhas ganham cada vez mais espaço em Minas, principalmente na região Sul. Com o apoio de pesquisas e a adaptação de técnicas de cultivo, produtores locais têm alcançado bons resultados. A área cultivada no Estado aumentou 30% nos últimos cinco anos, chegando a 3,9 mil hectares. 

Os dados são da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), que aponta também uma produção 23% superior, passando das 152 mil para as atuais 187 mil toneladas. Nada menos que 99% é atribuída ao cultivo de morangos. Já a outra parte é de amora e framboesa.

O produtor rural Matias Liviero, do município de Estiva, no Sul do Estado, detém como tradição da família vinda do Sul da Itália o cultivo dessas frutas. Por lá, a história do Sítio Santa Rita já está na terceira geração. Três variedades formam a principal fonte de renda da propriedade: os morangos, as amoras e as framboesas. No total, são 53 pés de amora do tipo Tupi, utilizadas para venda in natura e para a produção de geleias na própria agroindústria da família. Além disso, são 16 mil pés de morangos produzidos em estufas.

Nessas estruturas feitas de material ecológico, foram plantadas cinco variedades diferentes, fator que permite que a produção ocorra de março a dezembro. 

Atualmente, por conta do valor agregado às frutas, o destaque na propriedade são as framboesas. Para se ter ideia, o quilo pode chegar a mais de R$ 200. O plantio começou há três anos. No início, eram 800 mudas. Com ajustes na produção para a melhor adaptação, hoje já são 5 mil pés.

“A framboesa é a maior novidade que temos no nosso sítio. No ano, são realizadas duas colheitas, e cada pé pode render de 400g a 600g de framboesas”, diz.

Produtividade e eficiência

A ideia de cultivar frutas vermelhas também deu certo em Bom Repouso, no Sul de Minas. Os testes para a produção de amoras-pretas começaram há cinco anos. Para o produtor de framboesas e morangos há seis anos, Eduardo Luiz Penedo, o cultivo local é em grande parte agroecológico.

Ele explica que essa forma de manejo se caracteriza pela baixa aplicação de defensivos – usados apenas se houver risco de perdas severas –, o que contribui tanto para melhorar a produtividade quanto para evitar as principais pragas e doenças das culturas.

“Insetos na planta, por ser uma planta espinhosa de folha bem grossa na fruta, todo tipo que você imaginar ataca o fruto. Só que o fruto amadurece tão rápido que, se você toda manhã colher, você se livra do ataque desses insetos. A doença principal da framboesa é a ferrugem. Ela não ataca a folha em si, ataca o fruto. Ela fica com esporulações amareladas no fruto, mas ela não consegue penetrar. Então é só um ataque externo, só estraga a estética da fruta, não estraga o produto em si”, explica.

Financeiramente, o tempo de prateleira das framboesas é baixo, cerca de dois dias. Para que a vida útil da fruta seja estendida e que o volume possa atender a demanda, a alternativa encontrada pela família foi a comercialização dos frutos congelados a vácuo. Cada embalagem é vendida de 1 quilo (kg) podendo variar de R$ 80 a R$ 130 – dependendo do tipo.

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