Desempenho

Indústria brasileira perde um milhão de vagas de emprego em 10 anos, segundo IBGE

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
21/07/2022 às 20:51.
Atualizado em 21/07/2022 às 20:56
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

A Indústria brasileira perdeu quase um milhão de empregos entre 2011 e 2020, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (21)  pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Mais da metade das perdas de postos de trabalho ocorreram nos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (258,4 mil); preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (138,1 mil); e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (134,2 mil).

Foram sete quedas desde 2013, quando a geração de empregos na indústria atingiu seu auge. Entre 2019 e 2020 a situação se agravou. "Vimos uma tendência de redução do número de empresas desde 2014, início da crise. Entre 2019 e 2020, houve uma queda de 0,9% no número de empresas", avaliou a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana.

Desempenho industrial de Minas
Se o panorama nacional é ruim para a indústria, em Minas Gerais o setor conseguiu manter o rendimento, puxado, principalmente, pela alta no valor dos produtos de mineração, que lideraram o ranking da indústria mineira. Em 2020, a indústria no Estado registrou 12,5% do valor produzido nacionalmente.

Segundo o analista de estudos econômicos da Fiemg, Walter Horta, o resultado mostra o peso da indústria mineira. Ele destacou que o aumento do valor do minério contribuiu para um desempenho satisfatório, mesmo em um período difícil para o setor.

"É claro que quanto maior for o grau de complexidade dos produtos, melhor. Mas esta é uma característica da indústria mineira, nós temos vantagens competitivas no setor de extração e mineração e o resultado mostra um peso da indústria mineira no cenário nacional", afirmou.

Em 2020, a extração de minerais metálicos alcançou 29,6% do valor de produção industrial de Minas, seguida pela fabricação de produtos alimentícios (16,9%), metalurgia (16,3%) e fabricação de produtos químicos (4,9%).

O IBGE destacou também também a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que, em 2011, ocupava a quarta posição no ranking do Estado (10,4%) e caiu para a sétima posição em 2020 (2,8%), perdendo também duas posições em relação a 2019, quando ocupou o quinto lugar (5,2%).

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