MÚSICA

Belo Horizonte será capital do rock nacional neste sábado

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
15/07/2022 às 15:31.
Atualizado em 15/07/2022 às 16:14
Biquini (ex-Biquini Cavadão) é recordista de apresentações em festivais de rock em BH (Vinicius Mochizuki/Divulgação)

Biquini (ex-Biquini Cavadão) é recordista de apresentações em festivais de rock em BH (Vinicius Mochizuki/Divulgação)

Belo Horizonte recebe neste sábado (16) o Prime Rock Brasil, festival que reunirá vários nomes que marcaram a história do movimento BRock a partir da década de 1980.

O Biquini (ex-Biquini Cavadão) será a segunda atração a pisar no palco. Minutos após a apresentação, eles já estarão na estrada para a realização de um show em São Geraldo, na Zona da Mata mineira, distante seis horas de BH. “A gente ama muito o que faz. Tudo gira exatamente desse momento quando vamos nos encontrar com nosso público”, assinala o vocalista Bruno Gouveia.

“A gente acaba um show e já está pensando no próximo. De certa forma, isso é compreendido pelo público, que percebe o nosso prazer e se engaja junto com a gente nisso. Sempre falo que, no palco, somos uma banda com mais de cinco, dez mil pessoas. É um show com o público e não para o público”, assinala.

A banda é a número um em matéria de festivais de rock em Belo Horizonte, tendo participado de quase todas as edições do Pop Rock. Gouveia lembra de cada um desses shows. “Em 2007, aconteceu no dia do meu aniversário. Foi uma noite memorável, em que cantamos com todos os nossos amigos”.

 Minas  é o estado que mais recebeu shows do grupo, além de ser aquele com maior número de cidades diferentes por onde  passaram em 37 anos. “É incontável. Tocamos no Palácio das Artes em março e é muito bom já poder voltar”, afirma Gouveia,  casado justamente com uma mineira, Isabel.

Recentemente o grupo se assumiu como Biquini apenas, tirando o Cavadão, decisão que já tinha tomada em 2018, quando  o álbum “Ilustre Guerreiro” chegou às lojas. “Ele foi lançado com apenas Biquini na capa e ninguém falou nada. Já somos Biquini há muito tempo. Tornamos oficial uma coisa que era trivial”.

O vocalista faz questão de frisar que não há nenhum problema com o nome e que os fãs podem continuar dizendo Biquini Cavadão. “Não estamos abandonando a nossa história. Não há nenhuma divisão entre o nosso passado e o presente”.

Ele destaca que o encurtamento de nomes é natural, citando Engenheiros (do Hawai), Paralamas (do Sucesso), Legião (Urbana) e os mineiros do Jota (Quest). “O que acontece é que, nos shows, as pessoas gritam ‘Biquini! Biquini!’. Não há nenhum problema em seguir desta forma porque partiu do público”.

Gouveia lança hoje, nas plataformas digitais, o EP “Minhas Férias na Grécia #SQN”, seu primeiro trabalho solo, com músicas de Depeche Mode, Led Zepellin e Queen. Nenhuma delas, no entanto, estará presente no repertório desse sábado.

“O nome #SQN é importante dentro do disco. Na verdade, é uma grande gozação pelo fato de termos ficado parados durante dois anos, vivendo apenas a base de informações sobre deltas, ômicrons, gamas e outras letras gregas. Claro que não viajei para a Grécia. Aliás, nunca viajei para lá. Talvez tenha um bom pretexto agora”.

As canções foram reunidas a partir de convites para participações de lives e gravações feitas em casa. “Quando me dei conta, havia várias músicas em que eu era o fio condutor delas.  Por isso não digo que é um disco solo do Bruno. É uma compilação de coisas legais que foram feitas nessa época”.

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