Show em BH inicia turnê do "Encontro Marcado" no pós-pandemia (Paulo Ty/Divulgação)
Quando Flávio Venturini, Sá & Guarabyra e o 14 Bis se encontram no palco, há uma nítida transformação musical. É como se um quarto grupo surgisse para dar unidade a grandes sucessos que marcaram a carreira desse septeto.
“O público percebe isso, pois é bastante visível. Ou melhor, audível. Costumo dizer que é a banda Encontro Marcado”, registra Sá, usando o nome do show realizado desde 2014 e que retorna ao Palácio das Artes nesta sexta e sábado.
Amigos há cinco décadas, a primeira tentativa de fazerem uma apresentação juntos, em 2009, não foi das melhores. “O show foi um caos, ao reunirmos as três bandas. O técnico de som deve ter enlouquecido para programar”.
Cinco anos depois, retomaram a ideia, dessa vez diminuindo a quantidade de pessoas no palco. “Chegamos à fórmula certa tendo os sete apenas. Ficou muito coeso, apesar de, musicalmente, ser diferente do que cada um faz”.
Juntá-los não é fácil, devido às agendas concorridas. Normalmente, realizavam três, quatro shows por ano. “Agora resolvemos dar uma certa prioridade para ele”, afirma Sá. A primeira apresentação pós-pandemia é justamente em BH.
A retomada traz um repertório turbinado por três canções, entre elas “Roque Santeiro”, de Sá & Guarabyra, presente na trilha da novela homônima. “Princesa”, de Venturini, e “Nos Bailes da Vida”, do 14 Bis, completam a lista.
“Antes escolhemos as músicas para ver se tinham goma. Agora já estamos descolados em tocar juntos. Elas já têm uma cara nossa. Na realidade, do Encontro Marcado, ganhando caráter diferente de quando tocamos individualmente”, afirma.
O cantor de 75 anos está morando em Portugal desde o início da pandemia, mas prepara as malas para retornar ao Brasil. “Com essa volta (dos shows), não estou parando mais em casa. Ficar indo e vindo é muito cansativo”, explica.
Além dos shows com o Encontro Marcado e Guarabyra, ele pretende lançar o disco “Solo e Bem Acompanhado”, o primeiro dele sem o colega de estrada. Sá já disponibilizou duas faixas, “A Ilha”, ao lado de Frejat, e “Caçador de Mim”, com o Roupa Nova.
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