prosa e comida

Causos da chef mineira Beth Coutinho são atrações do Fórum Internacional de Gastronomia em BH

Ex-Masterchef, mineira ficou conhecida pelo carisma ao contar histórias enquanto cozinha

Gabriela de Castro*
gabriela.castro@hojeemdia.com.br
Publicado em 21/10/2025 às 14:58.Atualizado em 21/10/2025 às 16:41.
Apaixonada pela culinária por influência dos encontros repletos de música e comida na casa da mãe, chef Beth Coutinho é destaque na abertura do Fórum Internacional de Gastronomia de BH nesta quarta-feira (Reprodução/Instagram/@cozinhadabethcoutinho)
Apaixonada pela culinária por influência dos encontros repletos de música e comida na casa da mãe, chef Beth Coutinho é destaque na abertura do Fórum Internacional de Gastronomia de BH nesta quarta-feira (Reprodução/Instagram/@cozinhadabethcoutinho)

Esbanjando carisma nas redes sociais ao contar causos enquanto cozinha, a mineira Beth Coutinho - que ganhou ainda mais fama recentemente, após ser semifinalista do programa Masterchef, da Band -, vai levar o largo sorriso no rosto e as habilidade culinárias ao Teatro Francisco Nunes, nesta quarta-feira (22), durante o Fórum Internacional de Gastronomia de BH 2025, evento que integra a bienal iniciada dia 15.

Beth Coutinho participa da roda de conversa "Comida e prosa", ao lado de outras cozinheiras e influencers. No encontro, deve relembrar histórias que bombaram na internet durante a participação no programa culinário da Bandeirantes, como os nomes das galinhas de estimação: Rita Lee e Hebe Camargo.

Nascida em Jaboticatubas, na Grande BH, Beth afirma que a relação com a gastronomia anos depois, quando a família se mudou para a capital. A casa da mãe, Cecília Coutinho, na avenida Brasil, no Funcionários, foi a maior influência. Desde pequena, ela convivia com muita gente, música, gargalhadas e farta comida. 

“Venho de uma família muito grande. Minha mãe teve 16 filhos, perdeu quatro assim no parto e ficaram 12, seis homens e seis mulheres”, relembra Beth. “Era uma casa em que ela sempre recebeu todos os nossos amigos. Então, lá nunca tinha menos de 20 pessoas para comer todo dia. Porque além dos filhos, tinha os amigos, os primos… Todos reunidos em um ambiente muito harmonioso, até porque minha mãe sempre cozinhou cantando. Era a coisa mais linda”.

A culinária começou a se tornar uma atividade profissional para Beth quando ela trabalhava com produção cultural em BH e começou a ajudar um conhecido de fora da capital, que havia acabado de inaugurar um bar.

Como o dono do estabelecimento não conhecia muita gente na cidade, pediu para que Beth apresentasse o local a amigos do meio artístico. Porém, não era sempre que Beth conseguia levar visitas ao bar, o que levou a cozinheira a encontrar outra forma de ajuda.

“Comer, cantar e gargalhar”

“Comecei a fazer comida na rua do bar, já que lá dentro só tinham quatro mesas. Todo mês, eu convidava algumas pessoas para ir comer e não cobrava nada”. Entre os pratos estava a feijoada, que a cozinheira diferenciava com um molho de banana catura e tomate, adicionando um sabor agridoce.

Porém, as pessoas começaram a frequentar a cozinha de rua não apenas pelos preparos. Beth transformou o momento em que cozinhava na rua em espetáculo ao contar causos marcantes da família. A apresentação, que ganhou o nome “Comer, cantar e gargalhar”, levou a cozinheira a ser convidada para se apresentar em outros bares.

“Depois que criei o meu show, nunca mais parei. Tive meu próprio restaurante, o Café Minotal, e a Lajinha, que tenho até hoje”. Foi justamente o jeito que Beth apresenta a própria história enquanto cozinha que chamou a atenção da produção do Masterchef em 2022.

*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

Leia mais

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por