CINEMA

Em um mundo dominado por telas, longa busca uma forma de educar as crianças

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 07/05/2022 às 17:33.
Educador audiovisual há 15 anos, Amin destaca que hoje vivemos uma “convergência de formatos e a possibilidade de nos relacionar com as telas”, impactando a identidade das crianças (Breno Conde/Divulgação)

Educador audiovisual há 15 anos, Amin destaca que hoje vivemos uma “convergência de formatos e a possibilidade de nos relacionar com as telas”, impactando a identidade das crianças (Breno Conde/Divulgação)

O cineasta Igor Amin observa, com bom humor, como a pandemia inverteu uma reclamação constante de pais sobre crianças que não saíam da frente das telas de celulares e televisão. 

“Se antes eles queriam que elas se desligassem daquele mundo, passaram a querer que os filhos prestassem mais atenção nas aulas, para que não saíssem das telas”, registra.

Educador audiovisual há 15 anos, Amin destaca que hoje vivemos uma “convergência de formatos e a possibilidade de nos relacionar com as telas”, impactando a identidade das crianças.

O realizador se aprofundou no tema e percebeu que os pequenos “possuem mundos diversos, que não só o que está na tela, relacionando-se com a Natureza, os sonhos”.

É o que Amin define como “telas amigáveis”, termo que norteia o longa-metragem “Em Busca das Telas Amigáveis”, com lançamento neste sábado, às 10h, no Cine Belas Artes.

“Fui investigar esses mundos das crianças e a ideia das telas amigáveis se tornou um conceito, uma proposta que tinha tudo a ver com o que eu estava realizando ao longo de todos os anos”, afirma.

Em 2020, ele iria percorrer o Brasil com a sua câmera, para acompanhar essa relação entre as crianças e as telas. Mas a pandemia de Covid-19 forçou-o a mudar completamente de plano.

“Eu acabei perdendo o meu lugar, sentindo-me bem deslocado. Sem poder acessar as crianças, o isolamento fez com que eu reavaliasse o meu papel como educador audiovisual”, lembra.

Levado a este novo contexto, Amin teve com alguns alunos de escola pública uma relação de aprendizado. “As crianças me salvaram. Fizeram o filme acontecer”, reconhece.

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