machismo

Espetáculo no Teatro Marília questiona a paternidade no molde tradicional

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 30/04/2022 às 10:36.
 (Guto Muniz/ divulgação)

(Guto Muniz/ divulgação)

O Teatro Marília recebe neste sábado (30), às 20h, e no domingo, 1º de maio, às 19h, o espetáculo “Pai”, monólogo do ator Glicério do Rosário.

Partindo do questionamento “Mãe cuida, pai provê! É nisso que tu crê?”, o ator e autor leva o público a refletir sobre a falta de afeto na relação entre pai e filho e na normalização dessa realidade. A peça tem classificação etária de 14 anos.

Os ingressos custam R$ 42 (inteira) e R$ 21 (meia) e podem ser adquiridos no site diskingressos.com.br ou na bilheteria do teatro a partir de duas horas de antecedência.

Mais informações no portal belohorizonte.com.br.  

A peça

Apostando na construção de novos homens, sejam pais ou não, o espetáculo é um monólogo que levanta questões sobre as formas de afirmação da masculinidade nas diversas esferas. Pai de dois filhos, as reflexões expostas pelo autor são frutos dessa experiência que transformou a perspectiva dele sobre os modelos de funcionamento social e sobre discursos que sustentam ou não determinados padrões.

Para além da esfera individual, o espetáculo também faz uma analogia desta realidade com a atuação do Estado, retratado na peça como “pai” dos cidadãos. A montagem considera a configuração patriarcal da sociedade e chama atenção para transformações sociais que podem emergir quando pais desenvolverem suas capacidades de cuidar e dar afeto.

O espetáculo levanta questionamentos importantes, que, ainda que não sejam totalmente respondidos, levam a uma reflexão sobre o tema: quais as implicações psicológicas e, consequentemente, comportamentais quando um homem passa se envolver afetivamente no cuidado dos filhos, para além da função tradicional do prover? Como a sociedade patriarcal se reconfigura ao abandonar o paradigma de um “pai” violento, machista ou ausente? Até que ponto esperamos que o Estado cuide do cidadão? A relação de imposição de regras, condutas e obrigações do Estado está equilibrada com o que ele oferece de estrutura e condições básicas de dignidade social? Estas são algumas das inquietudes que o público pode levar do espetáculo.

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