CINEMA

Fábio Porchat protagoniza a comédia 'O Palestrante', em cartaz em Belo Horizonte

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 08/08/2022 às 07:30.
Contador desiludido toma o lugar de um palestrante motivacional e encontra uma razão para viver (Paris Filmes/Divulgação)

Contador desiludido toma o lugar de um palestrante motivacional e encontra uma razão para viver (Paris Filmes/Divulgação)

Após recolher a mala e sair no saguão do aeroporto, Fábio Porchat viu um senhor carregando uma plaquinha com o nome de um dos viajantes, levantando-a sempre que alguém passava pela porta. Naquele momento, após um sentimento de frustração por não ter ninguém esperando por ele, o comediante teve a ideia para o filme “O Palestrante”, em cartaz nos cinemas.

“Eu pensei: ‘E se tomasse o lugar daquela pessoa? O que será que aconteceria?”, lembra Porchat, que esperou alguns anos para pôr no papel a história do filme dirigido por Marcelo Antunez. Porchat é o protagonista, um contador que leva uma vida rotineira até receber duas notícias no mesmo dia: a primeira, a demissão. A outra é a traição da esposa, que sai de casa.

“A ideia era realmente fazer uma comédia romântica clássica, mas com bastante comédia. E que a gente conseguisse mostrar essa realidade do loser, do cara que vai de mal a pior e que a vida resolve mudar tudo para ele”, registra Porchat. O personagem toma o lugar de outra pessoa, uma espécie de coach para treinamento de empresas, e se vê em várias situações inusitadas.

“O filme é um pouco sobre a gente querer ser quem a gente quiser. A gente tem que ficar atento ao nosso redor para não se deixar levar pelo fácil, pelo cotidiano. Às vezes a gente se desliga de nossos anseios e vontades e acaba indo em direção àquilo que as pessoas levam a gente”, afirma Porchat, que está muito à vontade no papel, com piadas feitas sob medida para o seu tipo de humor.

Uma razão para isso é o fato de ter saído da cabeça dele a maior parte das falas. “Ter escrito o roteiro me ajuda muito. Ele estava todo na minha cabeça. Eu sabia as nuances de todos os personagens. Estava muito claro para mim aonde ele está e para onde ele vai. E eu já escrevi pensando na minha embocadura, falando em voz alta para saber como cada piada iria ser”, destaca.

O elenco conta ainda com Dani Calabresa, que faz o par romântico de Porchat, na pele da dona de um hotel que o contrata para dar palestras motivacionais aos empregados. Entre eles estão Miá Mello, que trabalhou com o humorista em “Meu Passado me Condena”, Paulo Vieira, Otávio Muller e Antonio Tabet, que encarna o oposto do bom-mocismo do protagonista.

Com tantos comediantes em cena, o roteirista e ator teve que segurar um pouco o ímpeto para mudarem as falas e criarem novas cenas de humor. “A sorte é que o roteirista estava em cena. Quando eles improvisavam, eu ficava de olho. Eu não podia abrir mão de tantos humoristas falando coisas engraçadas, mas, ao mesmo tempo, tinha uma história para contar”, explica. 

Integrante original do “Porta dos Fundos”, Porchat observa que o humor era a tônica, mas que antes de tudo havia um filme. “Precisávamos levar a história para a frente. Eu ficava ali no set ouvindo os improvisos, falando ‘esse sim’, ‘ esse não’, ‘vai por aqui’ e ‘aqui um pouco menos’. Isso até comigo mesmo”, diverte-se o ator, que filmou “O Palestrante” antes da pandemia, em 2018.

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