MÚSICA

Fagner realiza show no Palácio das Artes em homenagem a Vander Lee nesta sexta

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
18/03/2022 às 16:01.
Atualizado em 18/03/2022 às 16:33
Cantor cearense estará acompanhado do violonista Cainã Cavalcante (Divulgaçaõ)

Cantor cearense estará acompanhado do violonista Cainã Cavalcante (Divulgaçaõ)

Ao batizar o mais recente show com o título de uma música do cantor e compositor mineiro Vander Lee, “Onde Deus Possa Me Ouvir”, Fagner busca pagar uma dívida com o artista falecido em 2016, em decorrência de problemas cardíacos.

“Foi um vacilo. Já era para eu ter gravado a canção, após cantá-las algumas vezes em shows. Na época, eu e o produtor Michael Sullivan resolvemos retirá-la do disco (‘Pássaros Urbanos’, lançado em 2014) para colocar ‘Paralelas’. Mas no meu próximo de inéditas, ela estará presente”, avisa.

O novo show estreia justamente em Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (18), no Grande Teatro do Palácio das Artes. Fagner estará ao lado do violonista Cainã Cavalcante, apresentando um repertório acústico, com os grandes sucessos da carreira, além de sua versão para “Onde Deus Possa me Ouvir”.

Muito emotivo, o artista de 72 anos reitera diversas vezes a sensação de poder, finalmente, retribuir a amizade de Vander Lee, “um cantor daquele tamanho cuja obra eu me apaixonei”. Ele lembra da vez em que, na casa do mineiro, ficaram cantando e tocando por horas a fio, “num dia muito especial”.

A relação de Fagner com Minas é antiga, “presente em diversas fases da minha carreira”, a começar pelo convívio com o pessoal do Clube da Esquina, em especial Milton Nascimento, com quem dividiu a vizinhança em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Um dos pontos altos de sua trajetória aconteceu em Belo Horizonte, em 1979, quando o público excedente do lado de fora do ginásio do Minas Tênis derrubou os portões para forçar a entrada. “Só consegui cantar duas músicas”, lembra.

O show desta sexta, adianta, será “aberto, sem nada amarrado”, deixando se levar pelos pedidos da plateia. Em princípio, não planejou nenhuma canção de “Manera Frufru, Maneira”, o seu primeiro álbum, que completará 50 anos em 2023.

O disco, por sinal, ganhará uma reedição em breve, com duas faixas extras que não puderam entrar na época, além de uma versão mais extensa de “Canteiros”. O registro da parceria com Renato Teixeira, intitulado “Naturezas”, porém, deverá sair antes. 

Mais três álbuns estão previstos: um dedicado a Belchior, outro em dobradinha com Moacyr Luz e um terceiro em homenagem a Luiz Gonzaga, idealizado juntamente com Elba Ramalho. Ambos, aliás, de forma individual, já dedicaram trabalhos ao rei do baião. 

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