(Divulgação/ Felipe de Oliveira)
Tocar a Lua é possível. Sentir, também. É o que provoca "Descasos", mais novo single do cantor e intérprete mineiro Felipe de Oliveira, lançado nesta sexta-feira (16). A canção (ouça aqui) e o clipe (veja aqui e abaixo) apresentam a Lua simbólica de Felipe, do alto de uma caixa d’água, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
"Quando encontrei esse objeto e vi que, quando visto de cima, se parecia com a Lua ou com uma construção espacial, pensei que eu precisava subir lá para olhar a Terra", relatou, ao falar sobre a representação imagética do que a canção faz refletir.
Segundo ele, foi a forma encontrada para ir à Lua, inspirado no cineasta russo Andrei Tarkovski, que dirigiu filmes de ficção científica sem nenhum efeito, apenas com a força da figura de linguagem e da poesia.
A composição da faixa, assinada por Juliano Antunes, é a própria viagem, rumo à alteridade que habita em todos. "O outro permeia a gente. Nós nos constituímos a partir de uma invasão do outro. É uma canção que fala sobre algo que há dentro de nós, mas que percebemos como se fosse estrangeiro, sem que, contudo, deixe de fazer parte da gente", contou.
"Descasos" dá o pontapé inicial para o próximo álbum do artista, intitulado "Terra Vista da Lua", e que será completamente lançado em outubro deste ano em todas as plataformas de áudio.Divulgação/ Felipe de Oliveira
"Descasos" já pode ser ouvido nas plataformas digitais
Felipe de Oliveira
Felipe de Oliveira é formado em cinema e iniciou a carreira musical em 2015. O artista vincula a música à herança cênica deixada pela sua passagem pelo audiovisual, bem como à experiência dele com a dança flamenca, construindo shows e álbuns pautados por dramaturgia, narrativa e ritmo.
Após participar do The Voice Brasil em 2016, realizou um financiamento coletivo para a produção do primeiro álbum da carreira, que veio em 2018, intitulado “Coração Disparado”. Desde então, usa sua voz andrógina para versar, de maneira política e poética, sobre a mediação das relações humanas contemporâneas.
O segundo álbum, "Terra Vista da Lua", é lançado pelo selo Under Discos e viabilizado através da Lei Aldir Blanc.
Leia mais:
Grupo de dança mineiro exibe quatro espetáculos a partir desta sexta
Museu Casa Kubitschek, na Pampulha, reabre com exposição que une mobiliário com obras de arte
PBH propõe 'coronavoucher' para atender 300 mil famílias a partir de outubro