A estreia de “Morbius” nos cinemas abre mais um capítulo do chamado MCU – Marvel Cinematic Universe. Em bom português, é o Universo Expandido da Marvel, franquia iniciada em 2008, com o primeiro longa-metragem protagonizado pelo Homem de Ferro. De lá para cá, já são 28 títulos lançados (tirando as séries, que também estão conectadas à cronologia fílmica). E muito mais vem por aí!

O doutor Michael Morbius estrela o seu primeiro longa-metragem. É produzido pela Sony e não pela Disney, que detém os títulos de Vingadores, X-Men, Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, Capitão América, Thor, entre outros. Já a Sony conta com os filmes do Homem-Aranha e do Venom, com que Morbius guarda algumas semelhanças – para o bem e para mal.

A boa notícia é a ampliação do universo, com a entrada de novos personagens – é bom lembrar que a editora/produtora tem mais de 50 mil deles em 83 anos de história nos quadrinhos. Mais do que isso: Morbius não é um super-herói como os outros. A melhor definição seria anti-herói. Ele apareceu pela primeira vez em 1971, na edição 101 de “Amazing Spider-Man, como inimigo de Homem-Aranha.

Após nascer com um problema sanguíneo e criar um experimento para se curar, valendo-se de material genético de morcegos, o cientista grego vira uma espécie de vampiro, com super-força, apetite por sangue e aversão à luz. Sua trajetória não é muito diferente da do jornalista Eddie Brock, que ganha um alter-ego violento após ter seu corpo dominado por um simbionte, transformando-se em Venom.

A ligação com Venom também está no fato de este ser inimigo do Cabeça de Teia. A estreia dele nas telonas aconteceu antes do MCU, em 2007, como um dos principais oponentes de “Homem-Aranha 3”. E, finalmente, ganhou um filme próprio em 2018, com Tom Hardy no papel-título. A produção não foi bem recebida, mas dois anos depois ganhou uma continuação: “Venom: Tempo de Carnificina”.

O desempenho do anti-herói ainda não significou um retorno interessante ao MCU. O caminho de “Morbius” poderá ser determinante na aposta desse tipo de personagem. Pelo menos, os menos conhecidos – Motoqueiro Fantasma e Justiceiro já foram adaptados e estão num patamar diferente. Dirigido por Daniel Espinosa, “Morbius” é estrelado por Jared Leto, o Coringa de “Esquadrão Suicida”.

As primeiras críticas ao filme não foram positivas. Os jornalistas se dividiram em relação ao tom, muito diferente das produções recentes feitas pela Disney. No flerte com o terror predomina uma estética passadista que remete a obras como “Spawn – O Soldado do Inferno” e “Underworld – Anjos da Noite”. Agora falta a avaliação do público para sacramentar o futuro do cientista-vampiro.