
Mistura de arte urbana, mobilização social e conscientização ambiental, a 2ª edição do Arte nas Águas de Minas chega ao Norte do Estado e abre inscrições para seleção de novos talentos. Até novembro, passará também por Belo Horizonte onde, no fim do ano, uma megaexposição vai reunir o trabalho de todos os artistas participantes.
O edital para seleção dos nomes que vão assinar grandes murais em reservatórios da Copasa foi lançado nesta quarta-feira (16). As inscrições podem ser realizadas até dia 29 em https://appa.art.br/oportunidades-juridica/ e o resultado será divulgado em 2 de agosto.
Em cada cidade, dois artistas locais terão a oportunidade de dividir muros e histórias com um artista de renome nacional. Os moradores acompanham o desenvolvimento dos murais e podem participar das oficinas de arte ministradas pelos selecionados.
Ao todo, este novo ciclo do projeto reunirá outros 18 artistas, sendo seis nacionais, escolhidos pela curadoria de Juliana Flores, responsável também pelo CURA, Festa da Luz, MAMU e Breve Arte), e 12 artistas locais, selecionados por edital público nas cidades participantes.
Ao todo, este novo ciclo do projeto reunirá outros 18 artistas, sendo seis nacionais, escolhidos pela curadoria de Juliana Flores (CURA, Festa da Luz, MAMU, Breve Arte), e 12 artistas locais, selecionados por edital público nas cidades participantes.
Muralista de renome integra o projeto
Em Brasília de Minas, o convidado nacional é Thiago Mazza, um dos principais expoentes do muralismo contemporâneo brasileiro. Nascido em BH, é autodidata em pintura e transita entre a pintura clássica, a street art e arte contemporânea, sendo reconhecido pela maestria na representação da fauna e da flora tropical.
Com obras no México, Croácia, Reino Unido e Suécia, um de seus trabalhos mais aclamados nacionalmente é “O Galo e a Raposa” (2017), pintado em uma empena de 40 metros de altura do Edifício Satélite, na rua da Bahia, no coração da capital mineira. Em Brasília de Minas, ele prepara uma obra que mistura influências junto a uma abordagem inédita sobre a temática da preservação das águas.
Para Ludmilla Ramalho, coordenadora de projetos da APPA, a escolha das cidades nesta edição levou em conta cidades que tenham pouco ou nenhum incentivo relacionado à arte urbana, contribuindo para o fomento dessa atividade no interior do Estado.
“Além da viabilidade técnica da pintura, que tem relação com o tamanho da área a ser pintada, são levados em conta espaços que tenham comunidades ao redor, que passam mais pessoas, e que vão impactar o dia a dia dessas pessoas. Estamos indo para cidades que têm pouquíssimo acesso à arte urbana. Então, nós queremos chegar a um número amplo de artistas. Por isso, nessa edição, estamos trabalhando com artistas das cidades contempladas e das regiões ao redor também”, diz.
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