SÉTIMA ARTE

Som mais apurado e 'pegada retrô' explicam o gosto pelo vinil

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 25/07/2022 às 08:20.
SÉTIMA ARTE – Loja no edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte, é um dos redutos de colecionadores para aquisição de vinis e DVDs antigos (Fernando Michel/Hoje em Dia)

SÉTIMA ARTE – Loja no edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte, é um dos redutos de colecionadores para aquisição de vinis e DVDs antigos (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Adquirir mídias antigas não é só coisa de nostálgicos. Fernanda Cavalcante observa que a procura por DVDs e vinis está aumentando entre as novas gerações. Ela tem na ponta da língua a explicação para esse retorno a tecnologias antes condenadas ao obsoletismo.

“As pessoas mais novas estão muito interessadas nessa pegada retrô. Já é tudo tão rápido e frágil, com a modernidade líquida, que agora dão mais valor ao fato de apertar um botãozinho da vitrola e pôr um vinil para ouvir”, destaca Fernanda, que está à frente da loja “Sétima Arte”, no edifício Maletta.

Doações

O espaço é dividido entre vinis e livros, mas o primeiro tem recebido maior atenção dos frequentadores. Fernanda só trabalha com discos usados, boa parte deles doados pelos familiares de um colecionador que faleceu. “Mas não adianta vir com o vinil e dizer que não tem nenhum arranhão se a capa está rasgada”, ressalta.
Ela paga 25% do valor de revenda, que pode chegar a R$ 250 em alguns casos. Diferentemente dos DVDs, não basta ser antigo para torná-lo mais valioso. Alguns estilos musicais são mais procurados do que outros, especialmente o rock da década de 1970. “É Pink Floyd, Led Zeppelin, bandas que até hoje fazem a cabeça da galera”. 

O grande patinho feio é o CD, o menos procurado. Entre fazer um download e comprar um disco compacto, a primeira opção ainda acaba sendo a melhor para muita gente. “A superioridade do vinil está mais no ritual e ver uma arte bonita na capa”, pondera a vendedora.

O Video Home System (VHS, ou Sistema Doméstico de Vídeo, em português) foi desenvolvido pela Victor Company of Japan (JVC) a partir de 1971 como um sistema com fita magnética para uso caseiro que fosse compatível a qualquer aparelho de televisão
O DVD (Digital Video Disc) foi lançado em 1995 e, apesar do tamanho parecido com o de um CD, se diferencia pela maior capacidade de armazenamento de dados, possível devido a algumas técnicas no processo de gravação, com a compressão dos dados
Desenvolvido no fim da década de 1940, a partir de um material plástico, o vinil possui microssulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos. A vibração é transformada em sinal elétrico e, posteriormente, em som
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