'Meta é fazer uma temporada ainda melhor', diz Otávio, campeão da Superliga de vôlei pelo Cruzeiro
Referência no elenco celeste, central do Sada Cruzeiro destaca papel da torcida e responsabilidade de manter o Clube no topo do voleibol mundial
Com uma trajetória sólida e repleta de títulos, o central Otávio Henrique Rodrigues Pinto é um dos pilares do Cruzeiro. Natural de Contagem-MG, o jogador de 2,02m defende o clube celeste desde a temporada 2019/20, acumula conquistas importantes e tem forte ligação com a equipe e seus torcedores.
Aos 33 anos, Otávio vive um dos momentos mais marcantes da carreira. Na última semana, ele ajudou o Cruzeiro a conquistar mais um título da Superliga, coroando uma campanha consistente e reafirmando o protagonismo do time no cenário nacional. Com um currículo invejável, o central também soma títulos mundiais, sul-americanos, da Copa Brasil e Supercopa, além de diversos troféus no Campeonato Mineiro.
A identificação com o clube vai além das quadras. Com carisma e dedicação, Otávio conquistou a confiança da torcida e se tornou uma referência dentro do elenco. Sua trajetória no Cruzeiro é marcada não apenas pelas vitórias, mas pela constância, liderança e entrega em cada temporada.
Em entrevista ao jornal Hoje em Dia, Otávio fala sobre sua relação com o Cruzeiro, os momentos mais especiais da carreira com a camisa celeste, a força da torcida e as expectativas para os próximos desafios.
Otávio, você está na sua sexta temporada consecutiva com o Cruzeiro. O que representa para você vestir essa camisa por tanto tempo e conquistar tantos títulos importantes?
Olha, já estou no Cruzeiro há seis temporadas. É um motivo de muito orgulho, uma alegria imensa poder vestir essa camisa tão pesada e vitoriosa. Junto com os meus companheiros, a cada temporada, a gente vai conquistando os nossos objetivos. Estamos escrevendo mais páginas vitoriosas. Então, é realmente um motivo de muito orgulho e muita satisfação.
A torcida do Cruzeiro é conhecida pela paixão e apoio incondicional. Como você define a relação que construiu com os cruzeirenses ao longo desses anos?
A torcida do Cruzeiro é uma torcida muito apaixonada. Desde o primeiro momento, me acolheram super bem e, em qualquer ginásio que a gente vai, temos esse apoio incondicional. Eu fico muito feliz e, como eu disse, desde o começo eles já me abraçaram — me senti em casa. E por ser cruzeirense também, tudo foi ainda mais fácil, não é? Já conhecia as músicas, enfim, então foi muito legal desde o início.
Recentemente, você adicionou mais um título da Superliga à sua galeria. Como foi a sensação de conquistar esse campeonato, especialmente com um clube com o qual você tem tanta identificação?
Ter conquistado esse título da Superliga foi motivo de muita felicidade — foi a cereja do bolo. Por essa temporada incrível que nós fizemos. No ano passado, infelizmente, caímos nas quartas de final, e neste ano, ter enfrentado o Campinas — que foi nosso algoz na temporada passada — deu um sabor ainda mais especial a essa conquista. Então, eu fico muito feliz por ter adicionado mais um título da Superliga ao meu currículo, e também por ser o nono título do Cruzeiro.
Você já enfrentou o Cruzeiro em finais antes de se juntar ao time. Como foi a transição de adversário para ídolo da torcida celeste?
Bom, essa transição, de adversário — não diria para ídolo, mas para um jogador que tem uma identificação muito grande e que gosta muito desse projeto —, eu diria que foi bem tranquila. Como adversário, eu sempre vi o Cruzeiro como a equipe a ser batida. E ter vindo para cá, estar na minha sexta temporada vestindo essa camisa, é um motivo de muito orgulho e alegria. Foi uma transição, então, bem tranquila. Desde o primeiro momento, me senti muito acolhido por todos os funcionários do projeto e pela torcida. Foi uma adaptação super fácil.
Com uma carreira marcada por conquistas nacionais e internacionais, qual título pelo Cruzeiro tem um significado especial para você e por quê?
Fica difícil definir qual título foi o mais importante, mas eu diria que foram três que me marcaram bastante. Logicamente, os dois títulos mundiais, porque ninguém acreditava na gente. O primeiro título mundial foi incontestável. Ganhamos dos italianos por 3 a 0. Então, foi um campeonato incrível que fizemos — acho que perdemos apenas um set. E também o mundial do ano passado: a gente passou de quase eliminados a campeões. Então, foram títulos que ficaram muito marcados. E o Sul-Americano deste ano. Foi um jogo dificílimo, em que o adversário teve vários match points, e a gente, com uma resiliência incrível, conseguiu salvar esses match points e conquistar o título do Sul-Americano. Então, eu diria que esses três títulos foram bem especiais.
Pensando na próxima temporada, quais são suas expectativas pessoais e coletivas com o grupo do Cruzeiro? Há algum objetivo que ainda deseja alcançar com o clube?
Pensando na próxima temporada, as expectativas pessoais são de continuar melhorando, de seguir me aprimorando cada vez mais. Em relação ao grupo, a gente tem que ter como meta fazer uma temporada ainda melhor. A gente sabe o quanto é difícil — somos a equipe a ser batida — então os adversários nos estudam muito. Por isso, temos que trabalhar bastante, temos que trabalhar ainda mais para continuar alcançando nossos objetivos. Eu ainda tenho como objetivo algo que não conquistei: fazer uma temporada perfeita. Acho que o Cruzeiro conseguiu isso só uma vez, se não me engano, em 2016. E nós batemos na trave duas vezes. Em 2021 e nesta temporada. Conseguimos conquistar, vamos dizer, o título mais importante, o mais difícil, que é o Campeonato Mundial. Mas, infelizmente, nessas duas temporadas, ficou faltando apenas a Copa do Brasil. Então, esse seria o meu objetivo que ainda não consegui alcançar.
Por fim, qual mensagem você gostaria de deixar para a torcida que esteve ao seu lado em todas essas vitórias e que certamente continuará apoiando nas próximas batalhas?
Gostaria de dizer à torcida, à Nação Azul, que o apoio deles é fundamental — sem eles, seria muito difícil conquistar tudo o que já conquistamos. A torcida tem um papel essencial, nos apoiando o tempo todo, em qualquer lugar do Brasil e do mundo. Sempre encontramos cruzeirenses por onde passamos, nos incentivando. Eles podem ter certeza de que o Cruzeiro continuará trabalhando muito e jogando com muita raça para alcançarmos nossos objetivos. Sabemos que o Cruzeiro já se tornou sinônimo de vitórias e títulos. Mas também sabemos o quanto é difícil conquistar esses objetivos, e o apoio da Nação Azul é fundamental para continuarmos nesse caminho de vitórias.
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