AO LADO DE CRAQUES

Parceiro de Pelé, Garrincha e Ademir da Guia e ídolo do América: relembre a carreira de Jair Bala

Alecsander Heinrick
esportes@hojeemdia.com.br
27/12/2022 às 16:45.
Atualizado em 27/12/2022 às 17:01
 (Instagram Oficial Jair Bala / @jairbalareal)

(Instagram Oficial Jair Bala / @jairbalareal)

Considerado por muitos o maior ídolo da história do América, o ex-atacante Jair Bala faleceu nesta terça-feira (27), em Belo Horizonte, aos 79 anos. Em campo, ele foi parceiro de lendas do futebol, como Garrincha, Ademir da Guia e Pelé, sendo o substituto do Rei no jogo do gol 1000.

Jair Félix da Silva ganhou o apelido de “Bala” quando, acidentalmente, foi baleado por um funcionário do Flamengo, seu primeiro clube, e o projétil ficou alojado em sua perna até o último dia de sua vida. O apelido pegou mesmo quando ele saiu do Flamengo e foi jogar no Botafogo, que já tinha outro Jair, o “Jairiznho”, o furacão da Copa de 70. Ele acabou virando o “Jair da Bala”, posteriormente se tornando apenas Jair Bala.

Em campo, o ex-atacante ajudou a formar um dos grandes times da história do Botafogo, ao lado de Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, Zagallo e companhia. No entanto, ele perdeu espaço após uma troca de treinadores. Com isso, transferiu-se para o América em 1964, para ajudar na ascensão do futebol mineiro, que teria a inauguração do Mineirão no ano seguinte.

No primeiro ano pelo Coelho, ele marcou incríveis 25 gols no estadual, sendo artilheiro da competição. Ele também foi eleito o craque do futebol mineiro daquele ano, mesmo não conseguindo ser campeão. Em 1965, também liderou o América, mas novamente acabou sem a taça.

No mesmo ano, Jair Bala se transferiu para o Comercial de Ribeirão Preto, destacando-se no Campeonato Paulista e chamando a atenção do Palmeiras, que depois o contratou. Pelo alviverde paulista, foi campeão do Robertão de 1967, o Campeonato Brasileiro da época, ao lado de lendas como Ademir da Guia, Didi e Leão. Em 1969, trocou o Palmeiras pelo Santos de Pelé.

O Rei chegou a fazer elogios públicos a Jair. Pelo Peixe, ele venceu um paulista e foi quem substituiu Pelé após o Rei ter marcado o milésimo gol de sua carreira, contra o Vasco.

Em 1970, retornou ao América para novamente ser artilheiro do Campeonato Mineiro e, dessa vez, sair campeão em 1971, quando ajudou o Coelho a superar o Cruzeiro de Tostão, o Atlético de Telê, campeão brasileiro, e o Villa Nova campeão da Série B nacional.

Jair Bala deixou o América como o sexto maior artilheiro da história do clube (78 gols), e foi para o Paysandu em 1972, quando encerrou sua carreira nos gramados. 

Como treinador

Fora das quatro linhas, Jair se aventurou como treinador, chegando a treinar o América em algumas oportunidades nas décadas de 70 e 80. Ele foi técnico do Coelho em 232 oportunidades, sendo o terceiro na história com mais jogos no comando do clube. Seu grande título como treinador foi em 1980, no comando do Londrina, quando venceu a Taça de Prata (Série B).

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