Atlético e WRV seguem negociando dívida; clube tem recurso rejeitado por desembargador

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
Publicado em 27/02/2018 às 17:52.Atualizado em 03/11/2021 às 01:36.
 (Bruno Cantini/Atlético)
(Bruno Cantini/Atlético)

O Atlético segue conversando com um de seus maiores credores para resolver uma pendência judicial que se arrastou pelos anos e pelas gestões do clube. O Galo é cobrado pela WRV Empreendimentos na Justiça, mas quer dar fim à novela, precisando achar um denominador comum nos valores pleiteados pela empresa.

Paralelamente a isso, a 10ª vara cível de Belo Horizonte julgou improcedente o agravo de instrumento (recurso para tentar impedir decisão judicial que põe fim à uma controvérsia entre as partes, sem encerrar o processo) utilizado pelo Atlético, em segunda instância à decisão de que teria de ressarcir à WRV em R$ 64 milhões.

O Galo segue contestando tal valor, sendo que o presidente Sérgio Sette Câmara chegou a dizer que são "abissais" as cifras que a WRV alega ter de receber. Em contato com o Hoje em Dia, o advogado da empresa, Carlos Alberto Arges, explicou que o desembargador Álvares Cabral da Silva indeferiu o agravo de instrumento do Atlético, que incluia contestação sobre bloquear cerca de R$ 20 milhões que o Atlético recebeu do São Paulo pela venda de Lucas Pratto.

Perguntado se esse agravo seria uma postura contrária do Galo em relação à decisão de bloquear os R$ 10 milhões que o clube espera receber de Fred, Arges disse que não foi o objeto do recurso do Galo. "O Atlético não contestou (o bloqueio)".

Por outro lado, em decisão datada de 23 de fevereiro, o próprio Desembargador Álvares Cabral rejeita o pedido do Atlético de suspender o bloqueio, afirmando que: "A decisão relativa ao bloqueio judicial da multa devida ao Clube Atlético Mineiro pela aquisição do jogador pelo Cruzeiro escapa ao âmbito deste agravo de instrumento, devendo ser impugnada pela via própria. O Galo deverá entrar com recurso no STJ.

CREDOR DO CREDOR
A WRV Empreendimentos trocou de escritório de advocacia no meio do processo que se arrasta desde o começo do novo milênio. E os advogados antigos da empresa, que a representavam neste processo contra o Atlético, também entraram com agravo de instrumento para cobrar honorários. Os valores cobrados girariam em torno de R$ 800 mil.

Segundo Arges, entretanto, tal recurso dos advogados, que entraram como "terceiros" no processo, também foram desconsiderados pelo Desembargador da 10ª Vara Cível.

Atualizada às 18h26*

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por