O dia 25 de maio está marcado na vida do Cruzeiro e do atual sócio majoritário da SAF do clube, Ronaldo Nazário. Em 1993, na vitória da Raposa sobre a Caldense, por 1 a 0, em Poços de Caldas, o jovem carioca estreou com a camisa Celeste nos profissionais. passados 30 anos, hoje, conhecido mundialmente como Fenômeno, ele têm a missão de conduzir o clube rumo a novas vitórias, porém, fora de campo.

A passagem pela Toca da Raposa foi curta, com apenas 58 partidas e 56 gols, mas o suficiente para entrar para a história do clube. O atacante foi o artilheiro do time em 93 e 94 e se destacou definitivamente no último Campeonato Brasileiro, do qual foi o terceiro artilheiro com 12 gols. Pela Supercopa dos Campeões da Libertadores 1993, o garoto balançou as redes 8 vezes e terminou novamente no topo da artilharia.

Com feitos importantes para um jovem de apenas 17 anos, as ofertas começaram a chegar de todas as partes do mundo. Em agosto de 1994, após fazer parte do grupo que conquistou o tetracampeonato Mundial pelo Brasil, nos Estados Unidos, o presidente do clube na época, César Masci, não conseguiu resistir mais às pressões e anunciou a venda de Ronaldo ao PSV Eindhoven, da Holanda. O valor do negócio envolveu US$ 8 milhões, sendo a maior quantia paga a um jogador brasileiro por um clube do exterior.

Em entrevista após confirmar a transação, o presidente disse que "não pôde resistir às pressões da família e dos empresários" de Ronaldo para vendê-lo, e "não tínhamos mais como segurar o negócio". Nazário chegou ao Cruzeiro para as categorias de base, trazido por Jairzinho, campeão Mundial em 1970, e que vestiu a camisa da Raposa em 1976, ano da conquista da primeira Libertadores do clube.

Fome na Toquinha

Sobre a passagem na Toquinha, como é chamado o CT da base do clube, uma fala de Ronaldo, em 2009, no Domingão do Faustão,não foi bem quista pela cúpula Celeste da época, gerando descontentamento e fúria da China Azul. Em tom de brincadeira, Fenômeno disse a Fausto Silva que era magro nos tempos em que jogava no time mineiro porque “passava fome”.

Por meio de nota, o presidente em exercício, Zezé Perrella, repudiou a fala do jogador afirmando que o atacante havia recebido acompanhamento de nutricionistas, preparadores físicos e “também de professores para dar-lhe educação formal”, o que deu condições para que o atleta fosse convocado para o Mundial de 1994.

Os anos se passaram e as arestas foram aparadas. Atualmente, o que mais quer o ex-mandatário Celeste, e toda torcida, é que o gestor consiga aumentar as gorduras financeiras do clube e que faça o Cruzeiro retomar às grandes conquistas, como fora quando ele surgiu para o Mundo.

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