DO MINAS PARA PARIS 2024

Destaque da Copa do Mundo busca índice para Paris e orienta novos atletas

Angel Drumond
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 26/06/2023 às 12:58.
Destaque da Copa do Mundo busca índice para Paris e orienta novos atletas (Divulgação)

Destaque da Copa do Mundo busca índice para Paris e orienta novos atletas (Divulgação)

O Minas Tênis Clube conta com uma legião de craques em diversos esportes, um deles vem se destacando a cada dia e chamou bastante a atenção na última etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística, disputada em Osijek, na Croácia. O carioca Caio Souza, de 29 anos, ganhou quatro medalhas, sendo ouro na barra fixa, prata no solo, e bronze nas argolas e barras paralelas.

Essas recentes conquistas foram muito importantes para o atleta, que ainda busca o índice para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. No fim do ano, o Mundial de Ginástica, que será disputado em Antuérpia, na Bélgica, pode garantir a presença do atleta no maior evento esportivo do planeta.

Caio nasceu em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, passou por São Paulo, mas se firmou como atleta consagrado treinando no Minas Tênis Clube. O ginasta conversou com o Hoje em Dia e falou sobre as próximas competições, como está a preparação e a sua relação com a cidade de Belo Horizonte. 

Estamos há pouco mais de um ano para as Olimpíadas de Paris. Como está a sua preparação para a competição? Você ainda busca a classificação?

A preparação está muito forte. A gente está treinando bastante, diariamente, mas ainda temos o Campeonato Mundial no final do ano, que é o classificatório para as Olimpíadas de Paris 2024, então o foco primeiro é direcionado ao Mundial, na Bélgica, depois, se classificarmos, pensaremos nos Jogos Olímpicos.

A motivação para as competições como a Copa do Mundo e o Mundial de Ginástica, e as próprias Olimpíadas, é a mesma de outras competições, sejam elas nacionais ou internacionais?

A motivação é a mesma para todas as competições, e o bom é que essa próxima etapa da Copa também será disputada em Paris, onde acontecerá as Olimpíadas, no mesmo ginásio. Isso pode ajudar bastante a entender o local, o ambiente de trabalho. 

Além do individual, você também faz parte da equipe de ginastas brasileiros. Como anda o entrosamento com os colegas de categoria?

A gente se conhece há muito tempo. O nosso entrosamento é muito bom, a gente sabe o que falar um para o outro, quando falar e se precisa realmente falar ou se não precisa falar absolutamente nada. Outro fator é poder dar aquele apoio na hora exata e isso é muito legal. A gente se conhece muito bem e isso é o principal. 

Caio, conhecendo a tradição de clubes do Rio de Janeiro na ginástica olímpica, o que fez um carioca escolher o Minas Tênis, em Belo Horizonte, para treinar?

No Rio de Janeiro só temos o Flamengo no masculino, infelizmente, e o Flamengo e o Fluminense no feminino. Mas antes de ir para o Minas, fui para São Paulo, especificamente para a AABB. Fui também para o São Bernardo e agora estou aqui no Minas Tênis Clube.

O clube mineiro tem uma estrutura que é magnífica para o atleta, acredito que seja a melhor que existe hoje no país em termos de tudo, estrutura, preparação. Então, isso veio a calhar, de vir para um clube muito bom, com essa grande estrutura, tanto dentro do ginásio quanto na área externa e de preparação dos atletas. 

Além de treinar, existe alguma outra coisa que o Caio gosta de fazer na capital dos mineiros? Qual o seu relacionamento com os cidadãos de BH?

Eu gosto muito de ficar em casa. Gosto muito de assistir filmes, séries, gosto de jogar vídeo-game. Não sou muito de sair, até porque temos muito pouco tempo para isso. Às vezes fico mais tempo viajando do que em casa, propriamente dito. Tenho vontade de conhecer a capital mineira e também o interior do estado de Minas Gerais, e ainda vou arrumar esse tempo ainda, mas até então não conheço muita coisa de Belo Horizonte. Com relação ao convívio com as pessoas daqui é tudo maravilhoso, o acolhimento é demais, são pessoas calorosas, receptivas e nos faz sentir em casa e isso é muito gratificante. 

Quem, ou o que te incentivou a ser o que esse atleta supercampeão?

Meus pais. Foram os meus primeiros incentivadores, fãs, e continuam sendo até hoje. Então eu sou muito grato ao que eles fizeram por mim. Se não fosse minha mãe e meu pai, talvez eu não estaria aqui hoje, com essa carreira que construí. 

Você deve ter contato diário com atletas novatos na modalidade. O que você diria aos que estão começando no Minas Tênis Clube nesse mundo da ginástica, qual a sua mensagem para eles?

No Minas Tênis treinamos todos juntos. Tem o pré-infantil, o infantil, o juvenil, e todos treinamos no mesmo horário. Eu participo dos treinos, dou um toque aos atletas mais jovens, aos técnicos e é super bacana essa troca de conhecimento. Eu também já passei por essa fase de ter alguém como um espelho dentro do ginásio e hoje eu sou esse espelho.

O meu recado para eles é de continuar acreditando naquilo que eles realmente amam. Para continuar treinando, dando o seu melhor, porque tudo isso vale muito a pena, é uma vida muito difícil, o esporte é muito difícil por questões de lesões, de ficar fora de competições, mas no fundo tudo isso vale muito a pena.

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