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entrevista

'O basquete mineiro merece projetos duradouros’, afirma treinador do KTO Minas

Léo Costa fala sobre a evolução da equipe, sua trajetória como treinador e o momento de liderança da equipe no NBB

Angel Drumond
angel.lima@hojeemdia.com.br
Publicado em 10/11/2025 às 11:09.

Léo Costa iniciou sua trajetória no basquete ainda como atleta, jogando pelo Macaé entre 2001 e 2006, após se transferir do Palmeiras. Uma lesão precoce o levou a assumir a função de treinador da equipe ainda em atividade como jogador, marcando o início de uma carreira que hoje soma mais de duas décadas no esporte. Essa transição inesperada moldou seu olhar sobre o jogo e a relação com os atletas, permitindo uma comunicação próxima e estratégica dentro das quadras.

Com a reestruturação do basquete em Macaé e a criação da Associação Macaé de Basquete, Léo Costa passou a atuar também como gestor, conduzindo projetos sociais, categorias de base e uma equipe de basquete em cadeira de rodas. Como treinador, levou a equipe principal à elite do NBB em 2013, mantendo-a por quatro temporadas, e conquistou a semifinal da Liga Ouro em 2018, consolidando-se como um dos nomes de destaque do basquete nacional.

Em 2019, Costa assumiu o KTO Minas, clube no qual vive atualmente um dos melhores momentos de sua carreira. Sob seu comando, a equipe conquistou a histórica Copa Super 8 em 2022, repetiu três vezes o terceiro lugar no NBB e na Basketball Champions League Americas, e neste ano alcançou a liderança invicta no NBB, além de títulos estaduais. O treinador destaca a estrutura, o planejamento e a cultura de comprometimento do clube como fatores essenciais para manter o Minas como uma das potências do basquete brasileiro.

Mesmo diante de títulos conquistados e da consolidação do Minas como projeto vencedor, Léo Costa mantém ambições e metas claras para o futuro. Apaixonado pelo esporte, ele valoriza o apoio da família e da torcida, e continua motivado a evoluir junto com sua equipe, buscando transformar consistência em conquistas nacionais e internacionais. Em entrevista ao jornal Hoje em Dia, o técnico detalhou sua visão sobre o basquete, a gestão de elenco e os desafios de comandar o líder do NBB.

Você começou a carreira como técnico de forma inesperada, ainda enquanto era jogador. De que maneira essa transição precoce ajudou a moldar seu olhar sobre o jogo e o trabalho com os atletas?

Acredito que o fato de ter jogado sem dúvidas me ajudou nessa transição para treinador. Entender o sentimento do atleta em quadra facilitou minha comunicação e adaptação à nova função.

O Minas vive uma fase especial: título mineiro, liderança invicta no NBB e elenco bastante equilibrado. O que tem sido determinante para manter o time em alto nível de desempenho e concentração?

Os resultados positivos reforçam o trabalho e dão confiança para a sequência da temporada. Mas temos a consciência de que ainda temos muito a melhorar. O time é experiente e comprometido, temos muita qualidade, e isso ajuda bastante no processo.

Nos últimos anos, o clube se consolidou como uma das potências do basquete nacional. Que tipo de estrutura e planejamento interno têm sustentado esse crescimento e tornado o Minas um projeto vencedor?

Penso que é um somatório de fatores dentro e fora de quadra: sem dúvida, a estrutura e o investimento oferecidos pelo Minas são fatores primordiais para o sucesso e competitividade da equipe. Além disso, temos estabelecido uma cultura de comprometimento e trabalho (CT e atletas), que vem dando resultados. O perfil e os valores das pessoas que vêm para o KTO Minas é algo que valorizo muito e são prioridades no momento das contratações. Isso faz com que tenhamos um ambiente de busca pela excelência diária, o que certamente traz impacto direto no resultado das competições disputadas. Outro fator que não podemos deixar de mencionar é o apoio crescente da nossa torcida, que aumenta a cada ano.

Com a entrada do Cruzeiro na NBB, a rivalidade esportiva em Minas Gerais ganhou novo capítulo também nas quadras. Como você enxerga a presença do clube celeste na competição e o impacto disso para o basquete mineiro?

Vejo de forma bastante positiva. Espero que seja um projeto duradouro e que outras equipes do Estado se motivem e montem seus projetos. Minas Gerais merece.

O Minas tem tradição em esportes especializados, e o basquete é um dos pilares dessa identidade. Como é representar essa força multidisciplinar do clube e contribuir para mantê-lo no topo também nas modalidades olímpicas?

O Minas é um clube olímpico, com muita tradição. São 90 anos de histórias, tendo se tornado uma referência nacional do esporte. Poder liderar por sete temporadas o basquete do Minas dentro de competições de alto nível nos cenários nacional e internacional é, sem dúvida, motivo de muito orgulho para mim.

Nos últimos anos, o time tem batido na trave em competições importantes, mas também conquistou respeito e consistência. O que falta para transformar essa constância em títulos nacionais e continentais?

Penso que estamos no caminho certo. Temos brigado por cima em todas as competições disputadas por muitos anos consecutivos, o que não é nada fácil. Tivemos o título da Copa Super 8, o Mineiro deste ano, o Torneio de Abertura 24/25, e por três vezes ficamos em 3º lugar na BCLA, além da final inédita do NBB CAIXA no ano passado. Claro que queremos mais, mas vejo também como um processo de amadurecimento interno que vem ocorrendo. Algumas equipes têm investimento bem superior ao nosso, e o processo de manutenção do elenco entre temporadas, além do fato de não perdermos atletas pilares do projeto, são pontos de crescimento que também precisamos conquistar. Mas penso que estamos cada vez mais próximos dos nossos objetivos.

Depois de mais de duas décadas envolvido com o basquete, entre jogador, gestor e técnico, o que ainda motiva Léo Costa a seguir nesse projeto e quais são suas metas pessoais e profissionais para o futuro?

Sou apaixonado pelo que faço. Amo estar nas quadras. Tenho apoio incondicional da minha esposa e dos meus filhos. Ou seja, tenho tudo para seguir como treinador por muitos anos ainda. Tenho muitos objetivos a conquistar, no KTO Minas e em minha carreira de forma geral. Tudo virá no tempo certo.

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