(Orlando Bento)
Mais uma vez Minas Gerais será palco do Campeonato Mundial de Clubes. O torneio acontece entre os dias 19 e 23 de outubro no Centro Poliesportivo Divino Ferreira, em Betim, na Grande BH e que tem capacidade para receber quase 7 mil pessoas. O torneio será sediado pelo Sada Cruzeiro e o Minas Tênis Clube.
Atual campeão Mundial e Sul-Americano, o Sada representa o Brasil pela quarta vez consecutiva na competição. Venceu em 2013 e no passado. Agora, o time celeste busca o tricampeonato mundial.
Já o Minas Tênis, dono de nove títulos nacionais, faz sua estreia neste que é o maior campeonato de vôlei entre clubes do planeta. A data do sorteio da chaves dos jogos ainda não foi definida pela organizadora do evento, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Além dos clubes mineiros, a competição contará com a participação de outras quatro equipes: o campeão europeu Zenit Kazan, da Rússia; o campeão asiático Taichung Bank, do Taipé Chinês; o Tala’ea El Gaish SC, do Egito; e o representante da Norceca – América do Norte, Central e Caribe, que ainda não foi definido.
O ponteiro cubano Leal, MVP do Mundial de 2015, afirmou que conquistar o tricampeonato não será uma missão fácil.
"Construímos uma história muito bonita nas últimas edições e novamente vamos contar com a força da torcida no torneio. Com certeza não será fácil, mas vamos com tudo em busca de mais um título".
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O presidente do Minas, Luiz Gustavo Lage destacou a importância de se ampliar políticas públicas que contemplem o esporte.
“É uma grande satisfação participar do Mundial, mas fazer esporte em Minas não é fácil. Antes o jogador tinha que sair de BH para ter visibilidade, mas estamos virando essa página. Somos duas equipes de expressão, fora da quadra temos que nos ajudar porque precisamos colocar o vôlei no lugar de destaque que a ele merece".
Lage lamentou ainda a 13ª posição no quadro de medalhas conquistado na Olimpíada. "Ficamos aquém da nossa meta, do nosso objetivo, mas sabemos que estamos carentes de uma política pública de esporte, de planejamento e investimento na base. Se o Brasil quer ter um resultado significativo nas próximas olimpíadas vamos ter que planejar mais".
Expectativa pós-ouro
Nesta terça, jogadores, equipe técnica e dirigentes dos clubes se reuniram para falar sobre o Campeonato. Na ocasião também esteve presente o secretário de Estado de Esportes, Carlos Henrique.
Ele destacou, no entanto, que dos 316 projetos para Lei de Incentivo aprovados no edital 2015/2016, 113 favoreceram projetos relacionados ao vôlei. "Foram R$ 10 milhões destinados a modalidade no último edital e nós da Secretaria sabemos que iniciativas como essa são um importante estímulo para a prática do vôlei".
O presidente do Cruzeiro Gilvan de Pinho Tavares, destacou que a modalidade é a segunda mais praticada no Brasil, ficando atrás somente do futebol.
"O vôlei é uma coqueluche nacional. Sabemos perfeitamente que o vôlei é a segunda paixão nacional e a torcida do Cruzeiro adotou o Sada como sua paixão. A partir de outubro, mais uma vez, Minas se tornará o grande Estado do vôlei brasileiro e Belo Horizonte capital nacional. Tenho certeza que daqui sairá o campeão mundial do vôlei e para nós será motivo de muita alegria".