Samuel Lloyd, diretor comercial do Mineirão (Agência I7/Mineirão)
Samuel Lloyd assumiu o cargo de diretor comercial do Mineirão em outubro de 2014 e trabalhou na elaboração dos novos produtos do estádio que foram lançados nesta temporada. Nos últimos quatro anos, atuou também para o governo britânico como chefe de marketing do VisitBritain, em Londres. Em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, Lloyd fala sobre as perspectivas para os próximos anos e o objetivo de aproximar cada vez mais as pessoas do Gigante da Pampulha.
Hoje, o Mineirão comemora 51 anos. Qual é o principal objetivo da Minas Arena em relação a público, imprensa e os próprios funcionários da empresa?
Estamos completando 51 anos de Mineirão, o estádio de todos os mineiros. O nosso principal objetivo é oferecer a melhor experiência para o futebol e para todos os visitantes do estádio. Temos o orgulho de dizer que, atualmente, somos a arena mais testada e que ofereceu mais competições de nível internacional.
Atualmente, o Mineirão funciona como empresa e oferece muitas opções para os frequentadores, mesmo quando não há jogos de futebol. É um diferencial importante?
Os frequentadores do Mineirão vão muito além do futebol. É um espaço em que todo mundo é muito bem vindo. Queremos cada dia mais oferecer programações gratuitas na esplanada. Neste mês de aniversário, inclusive, atividades ligadas ao bem-estar, lazer e qualidade de vida serão oferecidas. Serão aulas de dança, patins, grupos de pedal para rodar a Pampulha, etc. Queremos promover uma ocupação ditada pelo próprio frequentador. Além disso, também não podemos nos esquecer do Museu do Futebol.
Cada dia mais, o Mineirão surge como principal palco dos grandes shows na capital. Como atender a demanda sem prejudicar o gramado?
O Mineirão foi criado para ser uma arena multiuso, e não vamos abandonar essa vocação. Entendemos que o gramado é sagrado e será preservado sempre. Ouvimos das grandes federações que nós temos um dos melhores do mundo, inclusive. Por isso, temos o grande trunfo que é a esplanada. Isso nos permite ter um grande show num dia e um grande jogo no outro, atendendo assim toda a cidade e também trazendo turistas para Belo Horizonte.
Pela terceira vez consecutiva, Brasil e Argentina se enfrentarão pelas Eliminatórias no Mineirão. O estádio virou a casa do clássico sul-americano?
Nas batalhas entre Brasil e Argentina realizadas aqui, sempre levamos a melhor. O histórico é muito positivo, e ficamos felizes em receber novamente esse que, na minha opinião, é o maior clássico do futebol mundial.
Após a reforma, apenas o Cruzeiro optou por fazer do Mineirão a sua casa. O Atlético, por sua vez, escolheu o Independência. Por quê? Este panorama está mudando?
O Mineirão sempre será a casa dos clubes mineiros. Teve um momento em que o Atlético optou pelo Independência, mas as portas sempre estiveram abertas. Hoje temos um relacionamento muito próximo com os três clubes da capital. Não acredito que o critério do Atlético tenha sido financeiro. Acho que foi uma escolha por outros critérios. Para se ter ideia, com menos de 10 mil ingressos vendidos, é possível quitar todos os custos de um jogo no Mineirão. Acredito que no ano que vem teremos mais jogos aqui.
Explorar as redes sociais e interagir com o público é outro diferencial desta administração do Gigante da Pampulha...
As redes sociais são um canal de diálogo. Temos uma escuta ativa e respondemos as pessoas na linguagem que elas querem ser respondidas. Tivemos o trabalho de conhecer os torcedores e entender suas necessidades. Preparamos uma equipe e criamos uma identidade pra isso. O Mineirão é o “senhor de 50 anos” que responde a todos. É um paizão que vai abraçar os mineiros e respondê-los com toda sinceridade.