Presidente da LaLiga quer punições aos clubes envolvidos com atos racistas (Reprodução / Youtube LaLiga)
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (25), o presidente da LaLiga, Javier Tebas, falou sobre os últimos episódios de racismo contra Vini Jr. no Campeonato Espanhol e afirmou que já está na hora de punir os clubes que cometem esse tipo de injúria, como por exemplo, tirar pontos dos times envolvidos.
Sendo a organizadora do campeonato, a LaLiga não tem poder para modificar as leis, isso fica a cargo da federação de futebol local (RFEF), porém, espera ter mais poder num futuro próximo para conseguir aplicar penas severas.
"Isso seria bom poder introduzir. Com o regime atual de sanções, queremos mais competências para nós. Temos que pensar no futuro. Contra o racismo é fundamental lutar todo dia”, disse Tebas.
De acordo com o presidente, a responsabilidade do que acontece desde a saída do torcedor de casa até o estádio, é da organizadora do campeonato. Sendo assim, “se ele grita coisas racistas, devemos intervir”.
O presidente recordou de casos que já aconteceram em outras épocas no país, como o que envolveu o lateral-esquerdo brasileiro, Roberto Carlos, também chamado de macaco quando atuava pelo Real Madrid.
Com tantos casos, Tebas se diz preocupado com a repercussão mundial que tomou o caso de Vini Jr., em que se propagou uma imagem de um país racista em que vive e ajuda a promover o futebol. "Ele está recebendo esses insultos porque é um grande jogador. Se não fosse uma estrela, talvez não fosse a mesma coisa. Mas não é normal atacá-lo como está acontecendo todos os dias", ressaltou o presidente.
Tebas revelou ter uma boa relação com o atacante brasileiro e o apoia em caso de abono de campo se houver novas manifestações de racismo contra ele: "Se ele sentir que estão indo contra a sua honra, a sua condição… A gente precisa falar com o árbitro. Eu convidaria ele a se manifestar, ele teria o meu apoio pessoal".
Um encontro pessoal com Vini Jr. não está descartado para discutir o tema com o atleta e encontrar uma forma para que o jogador se sinta acolhido pela organização.
"Melhor que o assunto se acalme mais, mas não tenho nenhum problema em falar com ele e com seus agentes quando eles acharem que é oportuno. Temos que deixar que tudo se explique. Espero que o Vinicius continue no futebol espanhol e que eu possa mostrar para ele que essa organização luta contra o racismo",ressaltou o presidente.
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