
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse lamentar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, em Brasília, que investigará o governo federal e o uso de verbas da União por estados e municípios durante a pandemia. Segundo o gestor mineiro, “tem pessoas que estão atrás de holofotes e não de soluções”.
“Em um momento de pandemia, nós temos um inimigo em comum, que é o vírus. O Brasil tem demonstrado que tem perdido muita energia em polêmicas, em discussões internas, e pouca energia em encontrar soluções. Vejo a CPI dentro desse contexto”, afirmou o governador, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15).
De acordo com Zema, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal são órgãos que têm a função de investigar fraudes e, por isso, a CPI não seria necessária. “Me parece mais um movimento político do que um movimento que vai somar algo para a população brasileira. Então, lamento”, disse.
O chefe do Executivo mineiro afirmou, ainda, que possivelmente a comissão chegará a informações importantes, mas ressaltou que o Ministério Público poderia fazer o mesmo levantamento.
Comissão
A CPI da Covid-19 terá poderes de investigação equivalentes aos de autoridades judiciais. Primeiramente, o colegiado deverá aprovar um plano de trabalho, proposto pelo relator. Entre elas, podem estar a requisição de informações oficiais, a solicitação de auditorias e perícias, a intimação e oitiva de testemunhas, a convocação de ministros de Estado e a realização de diligências variadas. Ontem, os blocos partidários do Senado definiram os 11 nomes que irão compor a comissão e agora deverão eleger o presidente e o vice do grupo.
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