O lendário navio Endurance, que era comandado pelo explorador britânico Ernest Shackleton, e naufragou na costa da Antártida em 1915, finalmente foi encontrado, 107 anos depois.
O navio de madeira construído em 1912 não era visto desde que afundou no Mar de Weddell. Em fevereiro deste ano, um mês após o 100º aniversário da morte de Ernest, a expedição Endurance22 partiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, em uma missão para localizá-lo.
O Endurance afundou depois de ficar preso no gelo da costa da Antártida. O explorador britânico e seus 28 comandados conseguiram fazer uma fuga milagrosa usando pequenos barcos e escalando as camadas de gelo.
De acordo com o site britânico iNews, o naufrágio foi encontrado a pouco mais de três mil metros de profundidade e cerca de 6,4 km ao sul da posição originalmente registrada pelo capitão do navio, Frank Worsley.
“Estamos impressionados com nossa sorte por ter localizado e capturado imagens do Endurance. Está inteiro, imponente no fundo do mar, intacto e em brilhante estado de conservação. Você pode consegue ler ‘Endurance’ na popa, diretamente. Esse é um marco na história polar”, comenta o diretor de exploração da expedição Endurance22, Mensun Bound, citado pelo iNews.
Como o naufrágio foi encontrado?
A expedição de busca ao lendário navio foi financiada pelo Fundo do Patrimônio Marítimo das Ilhas Falklands (Falklands Maritime Heritage Trust). Foi usado um quebra-gelo sul-africano, o Agulhas II, equipado com pequenos submarinos operados remotamente.
Os equipamentos vasculharam a área associada ao naufrágio durante duas semanas. No último sábado (5), o Endurance foi localizado, exatamente 100 anos após o aniversário de morte de Ernest Shackleton.
O navio foi então filmado e fotografado, mas será deixado exatamente como está no fundo do mar, pois é listado como monumento segundo o Tratado Internacional da Antártida.
Está em excelente estado, principalmente considerando que passou mais de um século debaixo d’água. A cabine de Ernest ainda é visível, e os exploradores até avistaram algumas das botas e louças que a tripulação teria usado, de acordo com o iNews.
Agora, o naufrágio virou o lar de uma variedade de vida marinha.
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