refugiado africano

Ato reúne parentes e marca um ano da morte do congolês Moïse Kabagambe, no Rio de Janeiro

Da Redação*
24/01/2023 às 19:06.
Atualizado em 24/01/2023 às 19:16
Ato em memória do congolês Moïse Kabagambe é realizado no quiosque onde ele  foi espancado até a morte (Tomaz Silva / Agência Brasil / Divulgação)

Ato em memória do congolês Moïse Kabagambe é realizado no quiosque onde ele foi espancado até a morte (Tomaz Silva / Agência Brasil / Divulgação)

Parentes e amigos do congolês Moïse Kabagambe fizeram um ato público no início da tarde desta terça-feira (24), no Rio de Janeiro, para lembrar um ano da morte do jovem e cobrar justiça. 

O ato foi realizado em frente ao quiosque onde ele trabalhava na Barra da Tijuca. A mobilização contou com a presença de representantes de entidades que atuam em defesa dos direitos humanos. 

Moïse tinha 24 anos quando foi espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, na região Oeste da capital fluminense. Segundo a família, as agressões ocorreram após ele ter cobrado pagamento de diárias que estavam atrasadas.

O crime foi registrado por câmeras de segurança. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.

 Tomaz Silva/Agência Brasil

Pouco mais de uma semana depois, foram presos Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, Fábio Pirineus da Silva e Brendon Alexander Luz da Silva.

Os três foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em 22 de fevereiro do ano passado e respondem por homicídio triplamente qualificado, mas ainda não há data para o julgamento. O juiz ainda decidirá se o caso deve ser analisado por um Tribunal de Júri.

Aleson, Fábio e Brendon estão atualmente em prisão preventiva na Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, na região Oeste do Rio. Outras três pessoas, acusadas de omissão de socorro, respondem em liberdade.

Moïse havia deixado o Congo para escapar da guerra e da fome e morava no Brasil desde 2014 com a mãe e os irmãos. Após a repercussão do caso, a família do jovem congolês recebeu da prefeitura a concessão de um quiosque comercial no Parque de Madureira, na região Norte da cidade.

Em memória do jovem, também foi celebrada uma missa durante a  manhã, aos pés do Cristo Redentor. Já o ato organizado pelos familiares foi feito em frente ao quiosque onde ele trabalhava na Barra da Tijuca. A mobilização contou com a presença de representantes de entidades que atuam em defesa dos direitos humanos. 

Em junho do ano passado foi sancionada a Lei Estadual 9.715 de 2022, reconhecendo o dia 24 de janeiro como Dia do Refugiado Africano. A data, escolhida em homenagem ao jovem congolês, passou a figurar no calendário oficial do estado do Rio de Janeiro.

*Com informações da Agência Brasil

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