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Bancos alertam para novo golpe da 'Mão Fantasma' e dão dicas de prevenção

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
29/08/2022 às 19:30.
Atualizado em 29/08/2022 às 19:43

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está alertando a população sobre o crescimento de um novo crime cibernético aplicado em clientes que fazem transações bancárias via celular.

No novo golpe, chamado "Mão Fantasma" ou "Golpe do Acesso Remoto", o criminoso entra em contato com a vítima informando que foi identificada uma tentativa de fraude e pede a instalação de um aplicativo que fará uma varredura de segurança no celular.

De acordo com a Febraban, o roteiro do golpe é conhecido: o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de banco. Ele usa diferentes abordagens para enganar o cliente, informando que a conta foi invadida ou clonada e que há movimentações suspeitas. Após o convencimento, ele envia um link para a instalação de um aplicativo que irá "solucionar o problema". Se o cliente instala o software, o criminoso tem acesso a todos os dados que estão no celular

"O banco nunca liga para o cliente pedindo que instale aplicativo no celular. Também nunca liga pedindo senha nem número do cartão ou que faça uma transferência ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar um problema na conta", alertou Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

A entidade lembrou que os aplicativos oficiais das instituições financeiras são seguros e que, para a execução da fraude, é necessário que o cliente forneça, de alguma forma, senhas para os criminosos.

"Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com o banco por meio dos canais oficiais, usando outro telefone, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta", alertou Volpini.

Para evitar o golpe, não baixe nenhum aplicativo de origem duvidosa e não acredite em contatos feitos por terceiros em nome dos bancos. Outra dica é evitar a utilização de senhas iguais para os serviços bancários e para outros sites e aplicativos, como de lojas e comércio eletrônico.

Veja outros golpes comuns e como evitar:

Golpe do Falso Motoboy

– Como é
O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o cartão foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. O outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

– Como evitar
Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam ninguém até sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e acione imediatamente seu banco, de preferência usando celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.

Golpe da Falsa Central de Atendimento

– Como é
O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que a conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita dados pessoais e financeiros.

– Como evitar
Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem número do cartão. Também nunca liga pedindo para realizar transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe no WhatsApp

– Como é
Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, tentam cadastrar o aplicativo da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação no novo dispositivo, é preciso inserir o código de segurança que enviado por SMS.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

– Como evitar
Nas configurações do aplicativo, clique em "Conta", depois em "Confirmação em Duas Etapas" e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil visível apenas para os contatos. Assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.

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