(Reprodução/Instagram)
Um amigo do lutador de jiu-jitsu Leandro Lo, morto após ser baleado na cabeça na madrugada de domingo (7), em São Paulo, contou que o policial militar, após a confusão ter sido aparentemente resolvida, sacou a arma e atirou à queima roupa, na cabeça.
“Chegou já no intuito de causar confusão, tanto é que nós estávamos em 5 pessoas numa mesa, ele pegou a nossa garrafa, levantou. O Leandro chegou, pediu pra ele colocar a garrafa no local que não era dele. Ele deixou garrafa e continuou peitando o Leandro. O Leandro foi lá, imobilizou ele, derrubou ele, caiu montado, falou que acabou, para parar a confusão. Chegou o pessoal: ‘deixa disso, deixa disso’. Tinha muita gente, acabou que separou. Quando todo mundo achou que tinha acabado a confusão, ele deu 4 passos para trás e voltou, tirou uma arma da cintura e atirou à queima-roupa na cabeça”, disse o rapaz que pediu para não ser identificado, em entrevista para a TV Globo.
Leandro Lo teve morte cerebral. O suspeito do assassinato é o tenente da Polícia Militar paulista Otávio de Oliveira Veloso, de 30 anos, que teve a prisão decretada e se entregou.
O atleta assassinado estava na melhor fase da carreira. Aos 33 anos, tinha oito títulos de campeão mundial de jiu-jítsu e oito títulos pan-americanos. Além disso, já havia conquistado outros cinco importantes títulos mundiais da modalidade.
Dia do crime
A briga que terminou na morte de Leandro Lo ocorreu na madrugada de domingo (7), durante um show do grupo Pixote, no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo.
O tenente Otávio de Oliveira Veloso foi apontado no boletim de ocorrência como autor do disparo. A Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias. No fim da tarde de domingo, ele se entregou na Corregedoria da Polícia Militar.
O clube Sírio, em nota, disse que se solidarizou com a família de Leandro Lo e informou que está colaborando com as autoridades.
Já o grupo Pixote, via assessoria de imprensa, divulgou uma nota de pesar aos familiares e amigos do lutador.
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