Grande BH

Manifestação de moradores da Ocupação Pingo D'água interdita BR-262 em Betim

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
08/08/2022 às 08:12.
Atualizado em 08/08/2022 às 09:41
 (Reprodução / WhatsApp)

(Reprodução / WhatsApp)

Moradores da Ocupação Pingo D'água fizeram uma manifestação na BR-262, na altura do KM 355, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (8). O trânsito no local ficou totalmente interditado nos dois sentidos da via desde às 5h, sendo liberado por volta de 9h20.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 60 manifestantes colocaram fogo em pneus para bloquear a via. Os moradores protestam contra a ordem de despejo da Justiça e pedem apoio da Prefeitura de Betim. 

A comunidade está localizada há mais de 10 anos em uma área que pertence a uma empresa de construção de imóveis. Em maio, a Justiça determinou a reintegração de posse do terreno pela empresa. Atualmente, cerca de cem famílias ocupam a região do Pingo D'água, em Betim. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas causadas pela manifestação.

A PRF informou que após a liberação da via, ainda havia congestionamento devido ao grande número de veículos. 

O que diz a Prefeitura de Betim?

Em nota, a Prefeitura de Betim disse que o processo de reintegração de posse foi movido pelo proprietário do terreno - a construtora MRV - em desfavor dos ocupantes. O município ressalta que não faz parte da ação judicial.

No entanto, o município realizou encontros para tentar solucionar o impasse. "Na oportunidade, a MRV não ofereceu proposta para solucionar o impasse. Diante disso, o município propôs o reassentamento das famílias em área institucional a ser adiantada em doação pela MRV", diz trecho do comunicado.

Ainda segundo a Prefeitura de Betim, na proposta, a atual gestão elaboraria projeto do loteamento e também das casas, enquanto a construtora forneceria a infraestrutura necessária e os ocupantes construiriam as respectivas casas. 

"É importante ressaltar que grande parte dessas famílias já é atendida pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da região", afirma.

Conforme o Executivo, nova reunião está sendo agendada entre as partes e o Ministério Público para seguir com as tratativas buscando um acordo.

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