‘Falta alimento, leite e fralda'

Jogadores brasileiros presos em Kiev, na Ucrânia, cobram ajuda da embaixada

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
26/02/2022 às 12:41.
Atualizado em 26/02/2022 às 13:33
Grupo de atletas brasileiros e familiares relatam que opção oferecida pela Embaixada Brasileira para fuga de Kiev, capital da Ucrânia, era arriscada na prática (Divulgação/Redes Sociais)

Grupo de atletas brasileiros e familiares relatam que opção oferecida pela Embaixada Brasileira para fuga de Kiev, capital da Ucrânia, era arriscada na prática (Divulgação/Redes Sociais)

Atletas brasileiros que jogam em times de futebol em Kiev, capital da Ucrânia, publicaram, neste sábado (26), novo vídeo relatando aumento da tensão e falta de apoio da embaixada brasileira para um plano seguro para sair da área de guerra. De acordo com os jogadores e familiares deles, que estão no bunker de um hotel, já falta comida e produtos de higiene infantil.

“Estamos chegando num nível de cansaço, estamos ficando agoniados. A falta de alimentos, fraldas e leite têm aumentado e a gente não tem uma solução. Está muito difícil, a gente pede ajuda, por favor”, relata Marlon Santos, ex-zagueiro do Fluminense e atual jogador do Shakhtar Donetsk.

Na última sexta-feira (25), a Embaixada do Brasil em Kiev declarou que um trem destinado a cidadãos brasileiros e latino-americanos sairia da capital ucraniana com destino à cidade de Chernivtsi, no Oeste do país.

Mas, de acordo com o jogador Maycon, ex-Corinthians, a opção oferecida pelo governo brasileiro era arriscada na prática. “A única solução que deram para nós foi esse trem, mas estamos em uma área que está acontecendo uma guerra e até chegar ao metrô teríamos que andar um quilômetro com crianças e idosos sem transporte e suporte da embaixada brasileira para chegar com segurança. Então, todos concordamos que é inviável chegar lá e por isso tomamos a decisão de nos manter aqui seguros devido ao risco que correríamos”, afirma.

Segundo o relato de outra pessoa que aparece no vídeo, é possível ouvir tiros próximo à hospedagem. O homem cobra do governo brasileiro apoio profissional para o transporte do grupo de 40 pessoas, incluindo seis crianças de colo.

“Enquanto isso, a embaixada portuguesa já efetivamente ofereceu veículos para um plano de fuga dos seus cidadãos e nós estamos aqui sem algo claro por nossa conta e risco. A embaixada deixou claro que esse trem não garantiria que todos os cidadãos brasileiros pudessem embarcar, andar dois quilômetros tendo vários tiros a 800 metros de nós com várias crianças e pessoas de idade. A única opção que tivemos foi ficar aqui e estamos aguardando algo efetivo com profissionais que garantam nossa integridade física para sair da Ucrânia”, afirmou.

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