Cultura

Mãe e viúvo de Paulo Gustavo criticam veto de Bolsonaro ao projeto de lei que leva o nome do ator

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/04/2022 às 16:40.
Atualizado em 06/04/2022 às 16:45

Após o veto de Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (5), ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 73, de 2021, mais conhecido como Lei Paulo Gustavo, que libera R$ 3,8 bilhões para o setor da cultura que foi afetado pela pandemia de Covid-19, a mãe e o marido do ex-ator e humorista, mortos aos 42 anos, em maio de 2021, em decorrência do coronavírus, criticaram a atitude do presidente.

“Que tristeza ver nosso país tão desarticulado politicamente. Sem saber defender os interesses da cultura e o bem-estar do povo”, comenta o médico Thales Bretas, de 34, viúvo de Paulo Gustavo, em Stories compartilhados no Instagram ainda na terça.

A mãe do ator, Déa Lúcia Amaral, de 74 anos, também usou a rede social para demonstrar repúdio a Bolsonaro após a decisão de vetar a Lei Paulo Gustavo. “Você será vetado”, diz o texto que consta na mensagem compartilhada pela verdadeira “Dona Hermínia”, que traz o filho ao lado do presidente.

(Instagram / dealucia66 / Reprodução)

(Instagram / dealucia66 / Reprodução)

Na justificativa do veto, Jair Bolsonaro diz que “ao destinar o montante de R$ 3,862 bilhões do Orçamento Geral da União aos entes federativos com a finalidade de fomentar o setor cultural, a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que criaria despesa corrente primária que estaria sujeita ao limite constitucional previsto no Art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para o qual não teria sido apresentada compensação na forma de redução de despesa, o que dificultaria o cumprimento do referido limite”.

Ainda segundo o presidente, o governo estaria trabalhando com níveis orçamentários criticamente baixos e a Lei Paulo Gustavo poderia afetar a “manutenção da administração pública e a execução de importantes políticas públicas, tais como aquelas relacionadas às áreas de saúde, educação e investimentos públicos”.

Apesar da decisão de Bolsonaro, em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (6), o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), relator da Lei Paulo Gustavo no Senado Federal, afirma que já começou a articulação com parlamentares para derrubar o veto do presidente. 

Silveira diz que já conversou com lideranças do Senado e da Câmara e com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o veto já seja apreciado na próxima sessão do Congresso Nacional.

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