Balanço atualizado

Minas tem novo caso suspeito de intoxicação por metanol, informa Ministério da Saúde

No Brasil, 200 notificações estão em investigação

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 06/10/2025 às 20:51.
 (Robson Valverde / SES-SC)
(Robson Valverde / SES-SC)

Nada menos que 217 notificações de intoxicação por metanol, após o consumo de bebida alcoólica, foram recebidas pelo Ministério da Saúde. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 estão em investigação. Um dos registros suspeitos ocorreu em Minas. O boletim mais recente com atualização foi divulgado pela pasta federal na noite desta segunda-feira (6).

Detalhes sobre o novo caso suspeito no território mineiro não foram informados. O Hoje em Dia entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), mas não houve retorno. No último sábado (4), a SES descartou a primeira notificação suspeita, em Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce.

No Brasil, São Paulo concentra a maioria dos casos: 82,49% das notificações, com 15 casos confirmados e 164 em investigação. Além de São Paulo, o Paraná teve dois casos confirmados e quatro estão em investigação.

Além de SP, Paraná e Minas, há outras investigações em 11 estados: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2). 

Em relação às mortes, duas ocorreram em São Paulo e 12 seguem em investigação (um caso no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará).

Mais celeridade na confirmação dos casos 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal pretende ajudar o estado de São Paulo para que tenha mais celeridade na confirmação dos casos de contaminação por metanol, por ingestão de bebidas alcoólicas. 

Segundo o ministro, dois laboratórios serão referência para os exames: um na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O ministro anunciou parceria formal com a Unicamp, que tem a estrutura do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), com capacidade para realizar cerca de 190 exames por dia. 

“Esses exames podem, por exemplo, ajudar a resolver a dúvida sobre casos confirmados no Estado de São Paulo, que é onde se concentra, [onde há] uma brutal concentração dos casos”, disse o ministro.  

A Unicamp pode, segundo o ministro, receber amostras de outros estados que eventualmente queiram usar a estrutura como referência para resolver a situação de caso confirmado ou não. 

Laboratório à disposição dos estados

Além da Unicamp, o ministro anunciou que a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, também vai colocar um laboratório à disposição não só de São Paulo, mas de outros estados “com algum tipo de dificuldade para realizar o exame de detecção do metanol para confirmação ou não”.

Padilha considera que São Paulo tem a maior dificuldade de ter exames para fazer a confirmação ou não da intoxicação pelo metanol.  O ministro recomendou que os profissionais de saúde devem fazer a notificação de cada suspeita. “Não tem que esperar a confirmação do caso para começar o tratamento”. 

12 mil ampolas de etanol farmacêutico

No sábado (4), o ministério da Saúde anunciou a aquisição de mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol para o estoque estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS) para os casos de intoxicação por metanol pelo consumo das bebidas alcoólicas adulteradas. 

Em relação ao Fomepizol, o ministro disse que o produto deve chegar nesta semana. O antídoto vai ficar concentrado no centro de referência de cada Estado. “A gente está garantindo um grande estoque estratégico por precaução”. 

Os dois antídotos (etanol e fomepizol), segundo o ministério da Saúde, podem ser utilizados na suspeita de intoxicação. O governo ainda acrescenta que a utilização dos medicamentos deve ser feita exclusivamente sob prescrição e monitoramento médico. 

A aquisição de 2,5 mil tratamentos do fomepizol foi viabilizada em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) junto a um fabricante do Japão, que mantém estoques nos Estados Unidos.

* Informações da Agência Brasil

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