A Organização Mundial da Saúde (OMS) fará uma reunião do comitê de emergência na próxima semana para decidir se o surto de varíola dos macacos, causada pelo Monkeypox virus, deve ser considerado uma emergência de saúde pública de interesse internacional – o principal nível de alerta da entidade da ONU.
A doença já se espalhou para, pelo menos, 39 países, que relataram à OMS mais de 1,6 mil casos confirmados e 1,5 mil suspeitos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, foram registrados três casos confirmados da doença, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Outros seis são considerados suspeitos. Em Minas Gerais, há uma morte possivelmente associada ao Monkeypox, que está sendo investigada.
“Está claro que há uma situação incomum, o que significa que o vírus está se comportando de maneira incomum em relação a como costumava se comportar no passado”, comentou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta terça-feira (14), citado pelo site americano Politico.
Em relação à facilidade de transmissão da doença, Rosamund Lewis, líder técnica da OMS para a varíola dos macacos, alertou que ela é infecciosa e que pode ser transmitida por uma pessoa contaminada até que sumam as erupções na pele (principal característica da condição).
Considerar uma doença “emergência de saúde pública de interesse internacional” é importante porque serve de alerta para que governos preparem seus serviços de saúde para responder a surtos ou possível pandemia de vírus ou doença circulante, lembra o site americano.
O nível máximo de alerta da OMS também gera uma coordenação internacional de resposta para garantir que a varíola dos macacos esteja contida em todos os lugares, para que não continue se espalhando.
Embora não seja tão transmissível quanto a Covid-19 e, normalmente, não represente um risco tão alto para a saúde das pessoas, a Organização Mundial de Saúde disse que quer evitar uma nova desigualdade na distribuição de vacinas e tratamentos, como ocorreu com a Covid, que deixou muitos países pobres atrasados em termos de imunização.
Enquanto isso, segundo o Politico, países ricos já estão encomendando a vacina Jynneos, produzida pela biofarmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, que foi aprovada nos Estados Unidos e no Canadá para uso tanto na varíola comum quanto na causada pelo Monkeypox virus.
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