A Polícia Civil do Ceará (PCCE) identificou, nesta sexta-feira (26), os dois suspeitos envolvidos no ataque a tiros que deixou dois estudantes mortos e outros três feridos na Escola Estadual Luiz Felipe, em Sobral, no interior do estado. Até a última atualização, os suspeitos ainda não haviam sido presos e suas identidades não foram divulgadas.
O crime aconteceu na manhã de quinta-feira (25), durante o intervalo das aulas. As vítimas estavam no estacionamento da escola. Os adolescentes mortos foram identificados como Vitor Guilherme, de 16 anos, e Luís Cláudio Oliveira, de 17. O velório dos estudantes está marcado para esta sexta-feira. Dos três alunos feridos, dois já receberam alta, e o terceiro permanece internado na Santa Casa de Sobral.
Dinâmica do Crime e Investigações
Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que os dois homens em uma motocicleta efetuaram os disparos contra a instituição. Os criminosos estacionaram a moto, desembarcaram e seguiram em direção a uma esquina, de onde foram ouvidos vários tiros.
A motivação do crime ainda não foi esclarecida. Durante a ocorrência, a polícia apreendeu com uma das vítimas uma quantidade de drogas, uma balança de precisão e embalagens.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar (SSPDS) do Ceará informou que todas as forças de segurança, incluindo equipes da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Perícia Forense (Pefoce), estão mobilizadas na localização e captura dos responsáveis.
Na quarta-feira (24), uma tentativa de homicídio já havia ocorrido ao lado de outra escola pública no Bairro Sumaré, em Sobral. As autoridades ainda apuram se há relação entre os dois crimes.
Repercussão
O governador do estado, Elmano de Freitas (PT), se manifestou nas redes sociais, classificando o fato como "gravíssimo e intolerável". Ele determinou o reforço policial em toda a região e o deslocamento da cúpula da Segurança Pública ao município para a adoção das medidas necessárias.
O ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também se pronunciou, lamentando a "extrema violência". O ministro informou que equipes especializadas do Ministério da Educação (MEC) já acompanham o caso, por meio do Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares, e colocou a estrutura da pasta à disposição do governo estadual.