perde e ganha

Restaurantes com serviço próprio de entrega faturaram 50% a mais durante greve de motofretistas

Luciane Amaral
lamaral@hojeemdia.com.br
03/04/2022 às 20:50.
Atualizado em 03/04/2022 às 21:05
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

(Rovena Rosa/Agência Brasil)

A queda no faturamento do delivery de estabelecimentos do setor de alimentação chegou, em alguns casos, a 40%, por causa da paralisação das atividades dos motofretistas de aplicativos de entregas. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas (Abrasel), Matheus Daniel, neste domingo (3).

Segundo o empresário, a repercussão do movimento dos entregadores que operam em Belo Horizonte, na última sexta-feira (1º), teve repercussão no fim de semana. E apenas proprietários de restaurantes que têm atendimento de salão conseguiram recuperar a perda. “O impacto foi menor para quem tem os dois modelos de operação”, explica Daniel.

Os entregadores fizeram uma motociata na sexta, passando pela região da Savassi, na região Centro-Sul, que concentra um grande número de estabelecimentos do setor de alimentação, e também em frente aos shoppings Cidades, Boulevard, Diamond e Pátio, terminando na Praça Sete, no Centro.

O protesto foi por melhores condições de trabalho e aumento da tarifa repassada aos profissionais pelas plataformas de delivery. Atualmente, os entregadores recebem R$ 5,31 por corrida feita. 

De acordo com o iFood, principal plataforma de delivery, em março deste ano, os entregadores do aplicativo tiveram um reajuste de 50% do valor mínimo do quilômetro rodado saiu de R$ 1 para R$ 1,50. Além disso, a taxa mínima subiu para R$ 6. O site da empresa informa que, em março de 2021, o iFood bateu 60 milhões de pedidos por mês. E que, em setembro do mesmo ano, tinha mais de 4 mil colaboradores.

Ainda na sexta, a I Food declarou que apoia os parceiros com várias iniciativas, como
“a disponibilização de seguros contra acidentes pessoais e por lesão temporária - sendo a única empresa da indústria a oferecer esse tipo de cobertura, entre outros”.

O presidente da Abrasel concluiu a avaliação sobre o movimento de paralisação dos entregadores dizendo que “os restaurantes que operam delivery com entregadores próprios fizeram cerca de 50% mais pedidos”. 

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