prevenção

Saiba como evitar o contágio pelo da vírus da varíola Monkeypox e como reconhecer os sintomas

Júnia Rodrigues
jralmeida@hojeemdia.com.br
23/07/2022 às 14:57.
Atualizado em 23/07/2022 às 15:14
 (Varea Costello, Madeleine Sowash, Aahana Gaur et ali / Emerging Infectious Diseases / Reprodução)

(Varea Costello, Madeleine Sowash, Aahana Gaur et ali / Emerging Infectious Diseases / Reprodução)

A varíola dos macacos (Monkeypox) já é uma realidade em escala global e apresenta transmissão comunitária em Belo Horizonte. Neste sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a doença é uma emergência mundial de saúde, em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

A OMS informou, que há um mês, 47 países notificaram 3.040 casos de pessoas infectadas. E que, atualmente, mais de 16 mil pacientes foram contaminados pelo vírus, em 75 nações. Cinco pessoas morream com a doença.

Conheça os sintomas e saiba como se prevenir.

Sintomas

De acordo com o Instituto Butanan, de São Paulo, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão estão entre os sintomas da doença, que podem ser leves ou graves.

As lesões, que são semelhantes às da catapora e da sífilis, formam uma crosta e depois caem. Elas podem ainda ser dolorosas ou causarem coceira, como esclarece aponta o instituto.

Contágio

Ainda segundo os pesquisadores do instituto paulista, a contaminação pela doença pode se dar pelo contato com gotículas expelidas por alguém infectado (pessoa ou animal).

E também em contato com lesões na pele - que podem ser aquelas próprias da doença -, ou por meio de roupas, lençóis ou outros materiais contaminados.

O período de incubação do vírus é de em torno de seis a 13 dias, podendo variar por 21. E as pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação nesse tempo máximo em que a doença pode surgir.

O surto de monkeypox estaria concentrado entre homens que fazem sexo com outros homens, especialmente aqueles com múltiplos parceiros sexuais, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus,  durante a entrevista neste sábado.

Prevenção

  • Evitar contato com pessoas infectadas;
  • Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel;
  • Evitar usar objetos de pessoas contaminadas ou com lesões na pele;
  • Residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e não devem comer ou manusear caça selvagem.

Vacinação

Segundo o Instituto Butantan, a vacinação contra a varíola comum mostrou ser protetora contra a varíola dos macacos.

O órgão afirma que “embora uma vacina (MVA-BN) e um tratamento específico (tecovirimat) tenham sido aprovados para a varíola, em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis.

E populações em todo o mundo, com idade inferior a 40 ou 50 anos, não tomam mais a vacina, cuja proteção era oferecida por programas anteriores de vacinação contra a varíola, porque estas campanhas foram descontinuadas”.

Projeto de Lei

A Câmara dos Deputados está analisando um projeto que inclui a vacina contra a doença no Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS), passando a ser obrigatória para todas as pessoas indicadas pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o Projeto de Lei 1917/22, do deputado federal Geninho Zuliani (União-SP), a imunização deverá ser feita com a vacina composta pelo Modified Vaccinia Ankara-Bavarian Nordic (MVA-BN), indicado para a prevenção da Monkeypox. 

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