A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou, nesta sexta-feira (30), que o governo retire o status legal temporário de mais de 500 mil imigrantes venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses que viviam no país. A decisão abre caminho para a deportação e revoga programa criado por Joe Biden em 2022 que beneficiava apenas os cidadãos destes quatro países.
A medida não atinge brasileiros que vivem nos EUA. O Tribunal suspendeu a ordem de uma juíza distrital - Indira Talwani, de Boston - que havia derrubado a medida do governo americano de acabar com a liberdade condicional concedida a 532 mil migrantes. Nesta sexta, os juízes não justificaram a decisão que derrubou a suspensão e permitiu a retirada do status.
A liberdade condicional de imigração é uma forma de permissão temporária, segundo a lei americana, para permanecer no país por "motivos humanitários urgentes ou benefício público significativo", permitindo que os beneficiários vivam e trabalhem nos Estados Unidos.
Os imigrantes afetados pela medida que entraram na Justiça contra ela afirmaram à Suprema Corte que enfrentariam graves danos se sua liberdade condicional fosse interrompida, já que o governo suspendeu indefinidamente o processamento de seus pedidos pendentes de asilo e outros auxílios à imigração.