Acusado de envolvimento na morte da estudante que combinou carona pelo WhatsApp recebe habeas corpus

Janio Fonseca
jfonseca@hojeemdia.com.br
13/09/2018 às 16:15.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:26
 (Fernanda Montalvão - Rádio 97 FM - Pontal Online)

(Fernanda Montalvão - Rádio 97 FM - Pontal Online)

Pode ser libertado a qualquer momento um dos acusados de envolvimento no assassinato de uma estudante de radiologia, de 22 anos, em Frutal, no Triangulo Mineiro, em novembro do ano passado, após dar uma carona, combinada em grupo de WhatsApp. O réu, que aguarda o resultado do julgamento em um presídio de Uberaba, na mesma região, foi beneficiado por um habeas corpus concedido pela Justiça após um recurso pleiteando a liberdade do homem, de 25 anos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), até o momento, nenhum alvará de soltura foi cumprido, e o réu continua detido. Preso desde novembro do ano passado, o homem é acusado de receptação dos objetos roubados da vítima. Com ele, foram encontrados as rodas do carro e o aparelho de rádio do veículo.

No mês passado, outro acusado de receber pertences da vítima foi solto, a mando da Justiça.

O homem, de 33 anos, que pegou carona com a vítima no dia do crime, é o principal suspeito da morte da jovem. Ele foi indiciado por latrocínio, ocultação de cadáver e estupro, e continua preso, em Frutal, aguardando o resultado do julgamento. Se condenado, el pode cumprir até 45 anos de prisão.

Julgamento

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em maio deste ano, os três acusados de envolvimento na morte da estudante foram ouvidos numa audiência de instrução e julgamento, no Fórum de Frutal, no Triângulo Mineiro.

Ainda de acordo com o TJMG, três testemunhas também foram ouvidas pelo Juiz Gustavo Moreira, e outras serão ouvidas por carta precatória.

Apesar do julgamento do processo, que tramita na Vara Criminal da comarca de Frutal, ter recebido uma previsão de conclusão para o mês de julho, a sentença ainda não foi publicada.

Relembre o caso

O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte ao da viagem, seminu, com as mãos amarradas, sinais de estrangulamento e com a cabeça mergulhada num córrego, entre Frutal e Itapagipe, no Triângulo Mineiro. Câmeras de segurança de uma praça de pedágio registraram o momento em que a estudante dirigia em sentido a Itapagipe, também no Triângulo, com o acusado no banco do passageiro.

As filmagens do mesmo pedágio mostram, horas depois, o caroneiro sozinho, dirigindo o carro da vítima, no sentido contrário. O veículo foi achado desmanchado, próximo ao município de Mirassol, no interior de São Paulo.

Exames realizados no corpo da vítima não foram conclusivos em relação a violência sexual. De acordo com a confissão do acusado, a jovem resistiu e lutou, obrigando-o a amarrá-la. Ele nega o estupro e disse que a calça dela saiu quando ele a arrastava pelo mato, até o córrego. 

A perícia confirmou que a estudante foi agredida e estrangulada.

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