Após homem ser visto retirando garrafa de Belorizontina do lixo, Vigilância Sanitária reforça alerta

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
16/01/2020 às 16:17.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:19
 (Backer/Divulgação)

(Backer/Divulgação)

Nada de descartar cervejas da Backer no lixo ou despejar o conteúdo na rede de esgoto. O alerta foi reforçado nesta quinta-feira (16) pela Secretaria Municipal de Saúde. A recomendação ganhou ainda mais força após uma equipe da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) perceber um homem retirando uma garrafa de Belorizontina do lixo. Não é possível afirmar se ele consumiu o produto. Uma das hipóteses é que se tratava de um morador de rua. 

Uma força-tarefa foi montada para investigar a síndrome nefroneural, doença que pode estar ligada ao consumo da bebida contaminada por substâncias tóxicas. Até o momento, três óbitos podem ter relação com a intoxicação provocada por dietilenoglicol, substância encontrada nos produtos da Backer. Uma quarta morte, de Pompéu, está sob apuração.

A recomendação do órgão de saúde da capital para o descarte correto da cerveja é fundamental para garantir a integridade física de outros cidadãos. “Ao jogar a garrafa no lixo comum, você pode colocar em risco uma pessoa que pode pegar o produto e consumi-lo. Temos uma grande preocupação sobre os moradores de rua, que muitas vezes não tiveram acesso à informação sobre o caso”, afirmou a diretora de Promoção da Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Lúcia Paixão.

Segundo ela, jogar a bebida na rede de esgoto também é perigoso, pois pode causar problemas ambientais. “Não temos ainda conhecimento sobre a quantidade de dietilenoglicol nas garrafas nem sabemos a dimensão das consequências de um descarte pelo esgoto”, explicou.

Independentemente da quantidade de garrafas na casa do consumidor, a recomendação é fazer a entrega nos endereços da Vigilância Sanitária em Belo Horizonte. Confira:

Barreiro: Avenida Olinto Meireles, 327 – Barreiro

Centro-Sul: Avenida Augusto de Lima, 30, 14ª andar – Centro

Leste: Rua Salinas, 1.447 – Santa Tereza

Nordeste: Rua Queluzita, 45 – Bairro São Paulo

Noroeste: Rua Peçanha, 144, 5º andar – Carlos Prates

Norte: Rua Pastor Murilo Cassete, 85 – São Bernardo

Oeste: Avenida Silva Lobo, 1.280, 5º andar – Nova Granada

Pampulha: Avenida Antônio Carlos, 7.596 – São Luiz

Venda Nova: Avenida Vilarinho, 1.300, 2º Piso – Parque São Pedro

Já os estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e mercados, devem procurar diretamente a Backer para fazer o recolhimento das garrafas.

A empresa reafirmou que nunca comprou nem utilizou o dietilenoglicol nos processos de fabricação, mas, sim, o monoetilenoglicol. “Nos últimos dois anos, a Backer precisou aumentar a compra de monoetilenoglicol para atender a demanda de ampliação constante da sua planta produtiva. No período, foram adquiridos 29 novos tanques de fermentação”, informou.

A Backer disse que aguarda os resultados das apurações e continua à disposição das autoridades. A empresa também se colocou à disposição dos familiares das pessoas internadas com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol.  

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