Associação de clínicas particulares firma acordo para compra de vacina indiana contra Covid-19

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
13/01/2021 às 10:55.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:54
Público mais vulnerável começou a ser imunizado com a CoronaVac na sexta-feira em Belo Horizonte (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Público mais vulnerável começou a ser imunizado com a CoronaVac na sexta-feira em Belo Horizonte (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) firmou um acordo com a farmacêutica indiana Bharat Biotech para encaminhar a compra de 5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Os imunizantes serão adquiridos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o registro definitivo do produto, diferentemente do processo utilizado pelo governo federal que solicita o uso emergencial.

Na última semana, membros da associação viajaram à Índia para para discutir as possibilidades de exportação da Covaxin para o Brasil. Em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira (13), o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, explicou que os documentos finais da vacina ainda não foram apresentados à agência de saúde nacional, pois a fase 3 de estudos ainda está sendo concluída.

Porém, afirmou que já foi solicitado um pedido de verificação de boas práticas da fábrica. Por isso, o registro definitivo só deve ser feito em fevereiro e as doses disponibilizadas na segunda quinzena de março. Ele informou, ainda, que não há acerto para a produção do imunizante no Brasil.

O presidente foi questionado sobre a possibilidade de algumas pessoas se beneficiarem com a exportação da vacina por possuírem poder aquisitivo maior e, assim, adquirir as doses em clínicas particulares. Ele respondeu que a intenção, na verdade, é complementar o sistema.

“Temos um mercado pagador, principalmente da indústria e das empresas prestadoras de serviço, que estão paradas e com a capacidade de produção reduzida. Poderíamos usar esse capital e recurso do mercado privado para colaborar com o governo, visto que esse público não está na lista de prioridade”, explicou.

Segundo Geraldo Barbosa, a ideia é contribuir com a indústria para que o setor possa entrar com os próprios recursos e bancar a vacinação dos trabalhadores para que eles estejam disponíveis e seguros para exercer suas funções.

“Não é correto criarmos a ideia de furar a fila. Quanto mais rápido atingirmos a cobertura vacinal, a gente vai fazer com que toda a população esteja protegida”, completou.

O representante afirmou, ainda, que a negociação do mercado privado não afetará a disponibilidade ao governo federal, pois a farmacêutica já separou as doses que enviará ao Brasil caso ocorra um acordo de compra. 

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