Aumento na ocupação das enfermarias destinadas à Covid em BH já era esperado, diz infectologista

Clara Mariz
@clara_mariz
28/12/2021 às 19:21.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:38
 (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

(Rovena Rosa/ Agência Brasil)

O salto na taxa de ocupação dos leitos de enfermaria destinados ao tratamento da Covid-19, em Belo Horizonte, registrado no Boletim Epidemiológico desta terça-feira (28), já era esperado pela Prefeitura da capital. Nas últimas 24h, o índice aumentou de 55,4% para 62,4%.

Em entrevista ao Hoje em Dia, o infectologista Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid da cidade, afirmou que o crescimento do número de vagas ocupadas já era aguardado já que as pessoas estão retomando as atividades sociais. "A gente esperava que isso pudesse acontecer. A cidade está toda aberta, o nível de contato social está maior e ainda há as festas de fim de ano. Além disso, ainda estamos no cenário da variante Delta”, explicou.

Conforme Tupinambás, o nível de ocupação de UTIs e enfermarias não é um parâmetro que preocupa a PBH no momento. "Alguns leitos destinados aos tratamentos da Covid foram fechados recentemente, já que não havia procura. Da mesma forma que nós fechamos, podemos reabri-los, já que os equipamentos estão todos nas unidades de saúde".

No momento, estão disponíveis 175 vagas de enfermaria e 110 de tratamento intensivo para pacientes com coronavírus. Ao todo, Belo Horizonte possui 201 leitos de UTI e 466 de enfermaria destinados à Covid-19 (ocupados ou não).

Ômicron
A nova variante do Coronavírus, a Ômicron, tem preocupado o Comitê de Enfrentamento da doença na capital, já que a cepa tem se mostrado resistente às duas doses das vacinas. Nesta terça-feira, 95 novos casos da variante foram identificados em Minas Gerais.

"O cenário da Ômicron nos preocupa, mas por outro lado, sabemos que a cobertura vacinal está boa. Porém, nós reforçamos que as pessoas que já estão aptas a tomar a terceira dose, de reforço, que procurem os postos para se protegerem", diz o Unaí Tupinambás.

O infectologista reitera que a pandemia não acabou e que a população está sujeita a oscilações nos números relativos ao coronavírus. Segundo ele, o comitê se reúne semanalmente e acompanha com atenção o comportamento do vírus, em especial as variantes como Delta e Ômicron.

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