Bares e restaurantes pedem a Kalil novo horário de funcionamento e ampliação de pessoas por mesa

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
19/07/2021 às 09:50.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:26
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Representantes do setor de bares e restaurantes de Belo Horizonte vão se reunir com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), na tarde desta segunda-feira (19), para pedirem mudanças no protocolo de funcionamento dos estabelecimentos. Um novo horário para fechar as portas e a ampliação do número de pessoas por mesa estão entre as demandas do setor. 

Atualmente, os estabelecimentos podem receber o público das 11h às 22h, com venda e consumo de bebidas alcoólicas. Para o delivery, não há restrição de horário. As medidas atuais, porém, não agradam ao setor.

“Pedimos para tirar a restrição porque não justifica até ás 22h. Isso ainda está tirando em torno de 20% a 30% do faturamento do setor. O pessoal gosta de sair é mais tarde e o faturamento principal de bares e restaurantes é depois das 22h porque o pessoal chega às 21h. Se ele vai embora às 22h, deixa de consumir”, disse o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Matheus Daniel.

Segundo o representante da categoria, o ideal também seria que o número de pessoas por mesa fosse ampliado para oito. “O que importa não é o horário, e sim o protocolo a ser seguido. Pedimos também a questão do aumento de número de pessoas. O ideal seria passar para oito ou pelo menos desconsiderar as crianças. Uma família que tem três filhos não pode sentar na mesma mesa”, avaliou.

Reabertura positiva

Desde a reabertura de bares e restaurantes e ampliação do horário de funcionamento, o setor voltou a faturar de forma positiva, segundo o representante da Abrasel. A lucratividade, no entanto, tem esbarrado na alta no preço dos produtos.  

“A reabertura foi positiva para o setor, estamos conseguindo faturar em torno de 70% do que a gente faturava antes, mas temos o problema da inflação. Tudo subiu muito. Então o faturamento está bom, mas a lucratividade não é a mesma que a gente tinha anteriormente”, afirmou.

Ainda de acordo com Matheus Daniel, o setor espera empregar cerca de 10 mil pessoas até o fim do ano e aguarda novas medidas para que isso seja possível. "Outra questão que está impactando no faturamento e principalmente na geração de empregos é a falta de transporte público noturno”, finalizou.

Em nota, a PBH informou que vem realizando o monitoramento contínuo do sistema de transporte, tomando ações e visando manter a continuidade dos serviços ofertados aos usuários com a proteção neste período de pandemia. 

“Desde o início, com a alteração de funcionamento de atividades e serviços em Belo Horizonte, e com base nos decretos municipais vigentes que estabeleceram novos critérios para a operação das linhas de ônibus municipais, o sistema de transporte obrigou-se a ajustes diários na oferta de viagens, de acordo com a demanda. Em relação à demanda específica de melhoria no quadro de horários noturnos das linhas, com maior disponibilidade de ônibus, as concessionárias estão realizando ajustes diários, para adequação da oferta à demanda de passageiros”, diz o comunicado.

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