Dentista que esteve no Buritis em novembro está com sintomas da síndrome nefroneural há um mês

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
10/01/2020 às 20:09.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:15
 (Reprodução/Redes Sociais)

(Reprodução/Redes Sociais)

Morador de São Lourenço, no Sul de Minas, o dentista Ney Eduardo Vieira Martins, de 64 anos, está há mais de um mês se recuperando da "síndrome nefroneural", que tem atacado pessoas que estiveram no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. No final de novembro, ele veio à capital mineira e esteve no bairro, onde tem um apartamento, para uma celebração de família.

A esposa de Martins, Taciana Maciel, de 42 anos, diz que, durante a festa, que celebrava a primeira comunhão de um parente, os familiares beberam da cerveja Belorizontina. "Durante toda a tarde, nós tomamos da Belorizontina. E compramos em um supermercado do Buritis", contou.

Segundo ela, quatro dias depois, Martins já estava com os sintomas parecidos com os dos outros homens internados pela insuficiência renal e alterações neurológicas, o que assustou a família. "Até então, a gente não sabia de nada parecido. Ele teve alguns enjoos e perdeu muito líquido. Foi internado no dia 11 de dezembro", afirmou Taciana.Facebook/ReproduçãoNey Eduardo Vieira Martins, de 64 anos, está fazendo hemodiálises dia sim e dia não

Os sintomas se agravaram e, conforme conta a mulher, o dentista teve constatado que os rins não estavam funcionando. "Ele foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porque estava muito ruim. Foram cinco dias internados e eu fiquei desesperada", comentou.

Hemodiálise

Desde então, Taciana conta que o marido tem feito sessões de hemodiálise em dias alternados, com a rotina por conta dos sintomas da "doença". "Ele agora se recupera em casa, o que nos deixou mais aliviados, mas com a morte de uma pessoa, o susto foi muito maior", disse.

A reportagem do Hoje em Dia tentou confirmar se o caso envolvendo o dentista consta nos 10 listados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) que estão sendo acompanhados, mas a Pasta não detalhou a residência dos dez casos.

Backer

"A Backer reforça que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos, inclusive da Belorizontina. E reitera que continua colaborando com as autoridades e que se solidariza com as famílias envolvidas. A cervejaria informa que os lotes L1-1348 e L2-1348 serão recolhidos diretamente nos domicílios dos consumidores, em horário agendado. Para isso, os clientes devem ligar para o telefone (31) 99536-4042, exclusivo para esse procedimento. A cervejaria aguarda a conclusão das investigações e reforça seu compromisso com a qualidade dos seus produtos".

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