Homem é resgatado após perder as forças e soltar isopor que o mantinha flutuando em rio de Muriaé

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
04/03/2020 às 18:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:50
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

O Corpo de Bombeiros de Muriaé, na Zona da Mata, resgatou nesta quarta-feira (4) um homem de 30 anos que estava sendo levado pela correnteza no rio de mesmo nome, que está com volume acima do normal desde a semana passada. O rapaz havia se desgarrado de um placa de isopor que estava segurando para manter-se flutuando na água.

Segundo o órgão, a vítima, que não teve a identidade divulgada, foi vista por um morador da cidade, que relatou ter visto o homem entrar em pânico ao não conseguir mais segurar na placa de isopor. A testemunha disse também que a vítima entrou em pânico e submergiu.

Cerca de 20 minutos depois do chamado, o homem foi encontrado vomitando, próximo a uma margem do rio e confirmou a história dos Bombeiros. Ele foi levado para o Hospital São Paulo, no centro da cidade, e não corre risco de morte.

No fim da manhã desta quarta-feira (4), uma mulher, que não foi identificada, também foi resgatada do rio Muriaé pelos Bombeiros. Contudo, segundo a corporação, ela havia pulado na água, em uma região conhecida como "Pracinha Dornelas", mas não chegou a ser levada pela correnteza.

Desde a última quinta-feira (27), o município de Muriaé tem passado por diversos problemas devido a chuvas intermitentes. Em menos de 18h, choveu cerca de 120 milímetros na última sexta-feira (18) e oss rios Muriaé, Preto e Glória transbordaram. No início da semana, os dois afluentes do Muriaé diminuíram a vazão, mas o curso d'água principal continua cheio.

Cerca de 500 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas com as cheias. Os bairros São José, Barra, Napoleão, José Cirilo e Santana ficaram alagados durante o fim de semana. Segundo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a previsão é que o volume de água diminua no Muriaé durante esta semana.

O coordenador da Defesa Civil, Leandro Cunha, informou que as chuvas em cidades da Zona da Mata, no entorno de Muriaé, dificultaram a queda do volume de água nos rios. Por meio de um vídeo nas redes sociais, ele alertou a população para o risco geológico, de deslizamentos e desabamentos, que continua

"Nós teremos dias intercalados com chuva forte e dias com estiagem. Então, gostaria de pedir que mantenham-se atentos ao movimento que está acontecendo nos rios para que a população possa ter uma resposta mais rápida, caso essa cheia se elevar", afirmou.

O coordenador da Defesa Civil de Muriaé, Leandro Cunha, faz orientações sobre o novo período de chuvas intensas na cidade. Assista: pic.twitter.com/NnvXnMs9Q8— Prefeitura de Muriaé (@pref_muriae) February 28, 2020

Em caso de emergência, os moradores estão sendo orientados a ligar para os telefones 190, do Corpo de Bombeiros, e 199 e (32) 98826-9846, que são os plantões da Defesa Civil.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) emitiu alerta para a cidade de Patrocínio de Muriaé, na mesma região, já que o rio Muriaé está 80 centímetros acima do que é chamado cota de inundação, margem de altura d'água para enchentes. As cidades de Cardoso Moreira e Itaperuna, ambas no Rio de Janeiro, também estão sob estado de atenção.CPRM/Divulgação

A prefeitura de Muriaé está realizando uma campanha para arrecadar produtos de limpeza, higiene pessoal e alimentos não perecíveis. Os materiais devem ser levados à Secretaria de Desenvolvimento Social (avenida Silvério Campos, 258, Safira), que está de plantão 24 horas.

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