CPI da BHTrans: Kalil diz que supostas irregularidades são de responsabilidade 'de 2008'

Anderson Rocha
@rocha.anderson_
01/07/2021 às 15:36.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:18
 (Reprodução/ TV Cultura)

(Reprodução/ TV Cultura)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), comentou o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans, que tramita na Câmara Municipal e investiga supostas irregularidades na empresa de transportes da cidade. Segundo Kalil, em caso de constatação de problemas, as consequências deverão ser endereçadas aos gestores que aprovaram as concessões do serviço, há 13 anos.

Em entrevista à TV Cultura, nessa quarta-feira (30), o prefeito também falou sobre a reabertura do comércio aos domingos e sobre as obras na Vilarinho para controle das chuvas.

O jornalista e apresentador Lucas Mendes questionou Kalil se a CPI da BHTrans iria “dar em pizza ou em merda”. “Não sei, porque o contrato é de 2008. Eles estão discutindo um contrato de 2008, que não só eu, como meu antecessor, pegamos ele pronto. Se der merda, vai dar lá para 2008. Se der pizza, vai dar lá para 2008”, respondeu o chefe do Executivo de BH. Naquele ano, Fernando Pimentel (PT) era o prefeito da cidade. Kalil também declarou que conversou com o vereador e presidente da CPI, Gabriel Azevedo (sem partido), sobre a investigação e que lhe disse: “Tem culpado? Tem sacanagem? Tem bandido? Prende”.

A reportagem procurou o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, que informou que não irá comentar o assunto. Também foi acionado o diretório em Minas Gerais do PT, mas ainda sem resposta. A matéria será atualizada quando houver retorno.

Reabertura gradual

Outro assunto tratado por Kalil durante a entrevista ao programa Manhattan Connection foi a dinâmica de condução da pandemia em Belo Horizonte. O prefeito afirmou que errou e aprendeu que as atividades do município devem ser abertas com critério e em tempo gradativo. Caso contrário, os números sobem novamente. Segundo ele, BH segue com essa proposta e, nesta quinta-feira (1), deve anunciar a permissão para que estabelecimentos funcionem aos domingos - https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/pbh-libera-eventos-com-at%C3%A9-600-pessoas-com%C3%A9rcio-poder%C3%A1-abrir-aos-domingos-1.843712.

“Que a solução é a vacina, ninguém tem dúvida. Quer dizer, alguns idiotas ainda têm. Mas a vacinação é fundamental, (juntamente com) a abertura gradual, e o controle diário dos números. Eu aprendi. Eu também não sabia. A matemática, a estatística, andam juntas com a virologia. A avaliação tem que ser diária e, se precisar fechar de novo, fecha”, disse.

Vilarinho

Por fim, Kalil relembrou a negativa que a prefeitura recebeu de 12 vereadores do Legislativo belo-horizontino ao projeto de lei que visava captar empréstimos de US$ 167 milhões com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para a realização de obras de contenção de enchentes na Bacia do Ribeirão Isidoro e na região da avenida Vilarinho, na região Norte da capital. Segundo ele, o PL foi barrado por falta de humanidade.

“Quando os políticos, por politicagem, negaram um empréstimo para a Prefeitura de Belo Horizonte, sendo o empréstimo mais barato do mundo, que é o do Bird, por política. Enquanto esses desumanos tiverem algum poder, nós não vamos acabar com a pobreza”, afirmou Kalil.

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